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AeloOn

Informativo Periódico

Boletim AELO Online 980

Ano 23
Nº 980
São Paulo
20/03/2024

CDU vai analisar o setor e anunciar planos

A primeira reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 2024 será realizada na próxima quinta-feira, 28 de março, das 12h30 às 14h30, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo. O CDU, integrado pelas entidades parceiras AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP, é o mais amplo ambiente de debates sobre loteamentos do País. E, mais uma vez, a reunião será híbrida, para a qual os interessados já receberam os links de inscrição, podendo optar pelo sistema presencial (vagas limitadas) ou pela modalidade on-line.

O coordenador do CDU, Caio Portugal, também presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP está concluindo a pauta da reunião. Alguns temas estão definidos, como novas informações sobre o 1.º Fórum Nacional de Desenvolvimento Urbano, evento da AELO em parceria com o jornal “Estadão”, a ser realizado em breve, no Milenium Centro de Convenções.

Na reunião do CDU de 5 de dezembro, Caio já havia anunciado o Fórum será no primeiro semestre de 2024. Nesta foto daquele encontro, ele dialoga com o vice-presidente da AELO, Luis Paulo Germanos, diante do diretor de Assuntos Regionais, Elias Zitune. Mais tarde, coube a Elias informar ao público sobre o interesse do Banco Santander em financiar projetos de loteamentos. Ele deverá voltar ao tema e também relatar recentes contatos com a CETESB.

Por sua vez, a empresa Brain, parceira da AELO e do Secovi-SP desde 2017, apresentará o balanço final do mercado de loteamentos de São Paulo e do Brasil em 2023, comparando com os anos anteriores.

Graprohab 100% Digital, com Jonas Mattos

O experiente engenheiro civil Jonas Mattos, que atraiu a atenção dos participantes do CDU no encontro de 5 de dezembro (foto de Calão Jorge), como representante da AELO e do Secovi-SP nas reuniões do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), voltará a focalizar, no dia 28, a evolução do sistema de aprovação de loteamentos no Estado de São Paulo. O Graprohab 100% Digital, lançado pelo governador Tarcísio de Freitas em 16 de janeiro, é considerado um grande avanço. Seus primeiros resultados serão comentados pelo Dr. Jonas.

O tema foi focalizado pelo AELO ON na edição n.º 971 e ganhou destaque na edição n.º 978, que teve um link de acesso à terceira edição do Boletim do Graprohab. O boletim oficial do colegiado revela detalhes sobre o modo de os empreendedores terem acesso à tramitação dos projetos.

A cerimônia de lançamento do Licenciamento Graprohab 100% Digital, ocorrida há dois meses, no Palácio dos Bandeirantes, sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas, contou também com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, e com o presidente do Graprohab, Lacir Baldusco, além do secretário de Governo, Gilberto Kassab; do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e de inúmeros convidados. O presidente da AELO, Caio Portugal, representou a nossa entidade e elogiou o Graprohab 100% Digital.

Donadelli explica o valor da resiliência

Jorge Félix Donadelli, um dos principais empresários de Franca, município de cerca de 360 mil habitantes, a 400 quilômetros de São Paulo, entrou para a AELO em 2013, por meio da empresa JFD Empreendimentos Imobiliários, que ele comanda ao lado do filho, Jorgito Donadelli.

A bela história de vida de Jorge Félix é contada num livro de autobiografia, lançado em 2005, em que prevalecem os valores cristãos, o amor pela família e, além de tudo, a resiliência. Desde sua época de garoto pobre, na pequena cidade de São José da Bela Vista, JFD sabe o que é lutar. Sempre se esforçou para superar as dificuldades, e passou a conquistar vitórias. Sua história pode inspirar outros empreendedores imobiliários, leitores do AELO ON, que também se defrontam com problemas e com o desafio de buscar soluções.

Olhando para o passado e para o presente, JFD agradece a Deus.

Jorgito Donadelli, delegado regional da AELO em Franca e diretor de Relações Institucionais da entidade, já é bastante conhecido pelos leitores do boletim AELO ON, por participar de ações conjuntas em benefício das empresas de loteamento e desenvolvimento urbano. Nesta semana, porém, o destaque do boletim é o pai de Jorgito, cujo livro sensibilizou o jornalista Luiz Carlos Ramos, assessor de Comunicação da AELO.

Acostumado a ir atrás da origem dos fatos, Luiz Carlos viajou de São Paulo para Franca, onde teve duas longas conversas com Jorge Félix Donadelli, em parte reproduzidas neste AELO ON. O que terá ocorrido nos 19 anos que se passaram, desde o lançamento do livro? A resposta está na forma de reportagem. E, para ilustrar estes textos, nada melhor do que uma foto do próprio JFD em sua sala de trabalho, em Franca. Foi tirada pelo jornalista, na ocasião em que o empresário folheava a edição mais recente do jornal impresso “AELO Informa”.

O nome Jorge Félix Donadelli é, em Franca, sinônimo de sapatos. A cidade foi, por mais de 40 anos, o maior polo de indústrias de calçados masculinos do Brasil. E a fábrica Donadelli começou a produzir em 1961. Tornou-se Calçados Donadelli Ltda. em 1962 e ganhou fama, com seus calçados de qualidade. Com o tempo, a crise atingiu as indústrias francanas de sapatos e JFD fechou sua fábrica. Junto com Jorgito, ele passou a se concentrar no setor imobiliário, por meio da JFD Construções e Infraestrutura e da JFD Empreendimentos Imobiliários.

A atuação dos Donadelli na construção de novos bairros tem contribuído para a modernização de algumas regiões de Franca. Além disso, JFD não abre mão de valorizar a união entre empresas do setor. Foi ele quem criou a Associação das Empresas Loteadoras e Empreendedoras Imobiliárias de Franca e Região (Alfa), da qual tornou-se o primeiro presidente. Em 2013, a Alfa, juntamente com a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Engenheiros Agrônomos de Franca e Região (AERF), convidou o presidente da AELO, Caio Portugal, para fazer uma palestra na cidade. No encontro, nasceu a ideia de a AELO criar uma Delegacia Regional em Franca. E Jorgito foi indicado para ser o representante da região na entidade, onde assumiria, em 2015, um cargo na Diretoria. Hoje, ele é o diretor de Relações Institucionais e será também focalizado nesta edição do AELO ON.

A notícia mais recente sobre a pluralidade do empreendedorismo de Jorge Félix Donadelli é o sucesso da nova empresa do grupo, a Sacramentos Vinifer – JFD Agroindustrial Ltda., com sede na Fazenda São Miguel, na zona rural do município de Sacramento, em Minas Gerais. Lá, a 1.100 metros de altitude, junto à Serra da Canastra, são produzidas as uvas que, transportadas para Caxias do Sul, dão origem a sete variedades de vinhos, entre os quais o tinto Sabina, em homenagem à mãe de JFD; o brut Antonella, em homenagem a uma neta, e o rosê Dolce Far Niente, em homenagem quem tenta curtir uma vida tranquila. Os vinhos, lançados há apenas dois anos, vêm colecionando prêmios no Brasil e no exterior.

Jorge Félix Donadelli é casado há mais de 50 anos com Maria Luiza Junqueira Donadelli, Marilu. O casal tem os filhos Sabina Luiza, Maria Carolina e Jorgito, três netas e um neto.

Um dos orgulhos de JFD é o de ter recebido o título de Cidadão Francano, na Câmara Municipal. Ao agradecer, no plenário, ele fez um breve relato de sua vida, desde o dia em que chegou a Franca, tendo deixado a pequena São José da Bela Vista, ali perto: “Foi num domingo, numa tarde de primavera. As nuvens adquiriram densidade, vestiram-se de negro. O sol, cavalheiro, apagou abajures, retirou-se discretamente. O jovem abrira asas, abandonara o aconchegante berço, a Bela Vista, o seio de São José, e pousaria pela primeira vez na cidade grande. Choveu. O jovem, sob uma marquise, intuiu que o verde de seus olhos virava certeza. Certeza de que aquela chuva abençoaria também os alicerces que plantaria numa das Três Colinas famosas. A intuição juvenil estava correta. Plebeu, embora, foi acolhido pela terra dos imperadores.”

E encerrou sua fala com um agradecimento: “Esta cidade foi, para mim, mais que uma simples oportunidade de se tentar uma nova vida. Como a mãe que adota outro filho, Franca me aquinhoou além do que eu julgava merecer. Os sonhos daquela tarde chuvosa foram modestos, se comparados com as dádivas recebidas. Família, amigos, conhecimentos seriam o ápice de minhas realizações, se não fosse a glória de poder contar, hoje, com o título de Cidadão Francano.”

Se JFD agradece a Franca, Franca também agradece a JFD pelos frutos de suas empresas, pelos inúmeros empregos criados no município, pela ajuda fundamental para o progresso da cidade.

Bacharel em Direito e membro da União Brasileira de Escritores, JFD cultiva o hábito de leitura de jornais, revistas e livros, e gosta de escrever, da forma que produziu o livro “As Doces Águas do Rio Salgado”, cuja análise é apresentada a seguir. Católico fervoroso, a exemplo da esposa, Maria Luiza, JFD explica o prazer de se dedicar à literatura: “Escrever é conversar com Deus”.

É natural que alguns empresários conversem apenas sobre negócios, economia, política e futebol. JFD gosta de falar desses assuntos e também da família, da imprensa e de literatura. No futebol, é palmeirense desde garoto. Quando jovem, chegava a viajar de Franca para Ribeirão Preto para ver o Palmeiras contra o Botafogo ou o Comercial. Na atualidade, ao lado de Jorgito, ele já esteve no Allianz Parque, o moderno estádio palmeirense, em São Paul

As lições de JFD em sua autobiografia

O livro “As Doces Águas do Rio Salgado”, de Jorge Félix Donadelli, é aqui analisado pelo assessor de Comunicação da AELO, Luiz Carlos Ramos, jornalista há 60 anos, professor de Jornalismo e escritor – autor de oito livros, entre os quais “Glória, Queda, Futuro, a História da Odebrecht” (2017) e “Vida de Jornalista” (2023). Estas são suas impressões:

Recentemente, li o livro de Donadelli e fiquei impressionado com a história de vida do autor e com o agradável estilo adotado na obra, uma narrativa natural, sensível, criativa, que nada tem a ver com biografias caracterizadas pelo marketing, pelo ufanismo e pelo excesso de adjetivos.

Conheci Jorge Félix Donadelli pessoalmente em 2018 e estive com ele em outras oportunidades. Franca e os loteamentos têm sido a base de nossas conversas. Meu pai, engenheiro Luiz Gonzaga Ramos, era de Franca, e participou da construção da estrada para Patrocínio Paulista, nos anos 1940. Guardo ótimas lembranças da minha época de garoto, em que passava as férias na fazenda do meu avô, junto à foz do Rio Canoas com o Rio Grande.

Como jornalista e fã dos esportes, admirei o grande time francano de basquete. Em agosto de 1980, cobri para o “Estadão”, na histórica cidade de Sarajevo, em Bósnia Herzegovina, o Campeonato Mundial de Clubes, em que a Francana, liderada por Hélio Rubens, tornou-se vice-campeã, tendo derrotado o Real Madrid, campeão da Europa, por 45 pontos de diferença, e perdendo somente para o Maccabi, de Israel, que levou o título.

O esporte e a atividade empresarial têm suas semelhanças. Para o sucesso, ambos exigem não só investimentos, organização e sorte, mas também resiliência. E o valor da resiliência é mostrado em cada página de “As Doces Águas do Rio Salgado”.

Como JFD, o décimo dos 11 filhos de uma família pobre da pequena São José da Bela Vista, abalado pela perda da mãe quando tinha 9 anos, tornou-se um dos principais empresários do Interior paulista, com sucesso na indústria de sapatos, no ramo de loteamentos e, agora, na produção de vinhos?

Apesar de o fundador do grupo empresarial JFD ter sido claro, em seu livro de 124 páginas, meu espírito de jornalista me levou a incluir Franca no roteiro de uma recente viagem a quatro cidades do Interior. Lá, visitei Tia Aleida, viúva do saudoso Tio Theodomiro, e jantei pizza, regada a vinho, no apartamento do casal Donadelli, onde o bate-papo se prolongou por três horas, com direito a uma prorrogação de duas horas, no dia seguinte, na sede das empresas.

As conversas com Jorge Félix Donadelli são geralmente tranquilas. Comentei com ele alguns detalhes do seu livro, como o trecho em que ele explica a origem do título “As Doces Águas do Rio Salgado”. Na página 12, o autor relata: “Contavam os antigos que aquela região ganhara o nome Vale do Salgado por causa do Rio. Sustentava a lenda que, certa vez, comerciantes de sal transportavam, de Santos para aquelas fazendas de São José da Bela Vista, um carro de boi carregado de sal que tombara na travessia e a carga se perdeu nas águas. Era o sal do batismo daquele rio”.

Pedro Donadelli era colono de uma das fazendas, em que morava com a esposa, Sabina, e os filhos, que foram nascendo: Luiza, Paschoal, Domingos, Antônio, Sebastião, Aristides, Alberto, Luzia, Maria Aparecida, Jorge Félix e Dalva. Total 11. Muitas bocas para comer, muitas cabeças para sonhar.

Jorge Félix, o 10.º, sonhou, enquanto seu pai enfrentava os maus patrões, os donos de fazendas que exploravam os colonos encarregados de cuidar da produção agrícola das terras.

O livro de JFD cita detalhes dessas lutas e narra tristeza do autor quando a mãe, doente, partiu para sempre. Abraçado ao pai, o menino de 9 anos chorou... e a tristeza toma conta de várias páginas.

No entanto, o menino cresceu e começou se dedicar aos negócios em sua adolescência. Juntamente com um irmão, abriu uma venda, na roça de São José da Bela Vista. Não deu certo, paciência. Depois, em plena cidade, abriram um bar, que deu prejuízo. Em seguida, uma peixaria. Mas a vida de empresário começou a dar certo, mesmo, quando JFD mudou-se para Franca, onde aplicou-se nos estudos, que o levariam a se formar em Direito, e onde abriu, em 1962, a empresa Calçados Donadelli Ltda.

Da produção de sapatos para os projetos de loteamentos na JFD Construções e Infraestrutura, foi um pulo.

A vida familiar está presente em alegres páginas de “As Doces Águas do Rio Salgado”. Jorge Félix narra, com sensibilidade, o momento em que conheceu uma menina bonita, Maria Luiz Junqueira, Marilu, num baile. Os dois dançaram. Começou o namoro. Veio o casamento, nasceram os três filhos.

Um dos pontos altos, explicado na nota anterior deste AELO ON, é a homenagem de Franca ao cidadão Jorge Félix Donadelli, tornando-o Cidadão Francano.

O livro de JFD fez sucesso entre os amigos e nos meios empresarial e político de Franca. Além disso, recebeu elogios da professora Regina Helena Bastianini, autora do Prefácio; do escritor francano Luiz Cruz de Oliveira e da professora Edna Mendes Bastianini, catedrática de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.

A análise positiva de Luiz Carlos Ramos se soma aos elogios desses três especialistas. O próprio JFD é um especialista em literatura e não poupou elogios aos 35 capítulos do livro “Vida de Jornalista”, de Luiz Carlos, cujo lançamento, gentilmente, presenciou, em 25 de setembro de 2023, na Pizzaria Margherita, em São Paulo. O interesse de Jorge Félix pelo trabalho da parcela positiva da imprensa brasileira facilitou a compreensão dos fatos relatados naquele livro.

Jorgito Donadelli, de Franca para a AELO

Esta foto de Jorgito Donadelli, de 2018, exibindo seu cartão de visitas verde, com a recém-criada logomarca da AELO, foi publicada na edição n.º 108 do jornal impresso “AELO Informa”, em junho daquele ano.

A foto ilustrou uma entrevista com Jorgito, em que o tema foi a logomarca em verde e amarelo, criada a partir de uma sugestão dele ao presidente da AELO, Caio Portugal, levando em conta que, naquele ano, com a multiplicação do número de associados do Interior de São Paulo e com a adesão de empresas de vários Estados, a AELO havia se tornado uma entidade de âmbito nacional. Assim, a antiga logomarca em vermelho branco e preto, cores do Estado de São Paulo – em que a AELO foi fundada, em 1981 –, foi substituída pela moderna, desenhada por uma empresa especializada.

O texto da página 4 do jornal “AELO Informa” de seis anos atrás teve o título “A criatividade na imagem da AELO” e começou assim: “Jorgito Donadelli emocionou-se na reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 26 de abril, quando o presidente Caio Portugal o chamou à frente do auditório, citando-o como responsável pela chegada da AELO à nova logomarca, revelada no telão”.

Aplausos do público para o criativo símbolo verde e amarelo, para a AELO e para Jorgito. Natural de Franca, Jorge Félix Donadelli Júnior (Jorgito) graduou-se em Administração de Empresas pela PUC de São Paulo e tem MBA em Administração pelo Insper. Também fez urso de especialização em Branding e Posicionamento de Marcas no Insper. É casado com Cyntia Donadelli e pai de Camilla, de 10 anos, e Luiza, de 7 anos. Mora com a família em São Paulo e viaja semanalmente para Franca.

Desde 2013, Jorgito é representante da AELO na região de Franca. Em 2015, passou a integrar a Diretoria da entidade, agradecendo ao saudoso professor Vicente C. Amadei pelos ensinamentos recebidos no curso dele, em que foi possível descobrir as diferenças entre fabricar sapatos e produzir loteamentos de qualidade. Atualmente, como diretor de Relações Institucionais da AELO, ele colabora no trabalho de divulgação dos fatos da entidade, em frequentes contatos com a Assessoria de Comunicação e com a agência 6P. Também participa de grupos de trabalho do CDU (AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP) para aprimoramento das relações com as empresas concessionárias de energia elétrica e de saneamento básico. Ele atua em conjunto com a coordenadora desses grupos, arquiteta Ruth Portugal, e com o diretor de Assuntos Regionais da AELO, Elias Zitune, e o engenheiro civil Jonas Mattos.

Dezesseis anos atrás, quando Jorge Félix Donadelli decidiu encerrar seu trabalho industrial em calçados, optando por se concentrar na sua segunda atividade empresarial, a de imóveis, pai e filho se associaram numa empresa para produzir loteamentos. Deu certo. Hoje, a JFD Empreendimentos Imobiliários faz sucesso na região de Franca, em outras regiões do Estado de São Paulo e em Minas Gerais.

Minas atrai a atenção dos Donadelli também por conta da nova atividade do grupo JFD, os vinhos produzidos com uvas da região da Serra da Canastra. Jorge Félix Donadelli e Jorgito, sempre de olho no futuro, com base na estabilidade do presente, já planejam a construção de uma nova sede para abrigar o Grupo JFD – imóveis e vinhos.

Local da futura sede: o bairro onde ficava o tradicional Colégio Champanhat e que que evoluiu nos últimos anos. O nome da rua? Pedro Donadelli. Sim, a rua leva o nome do amoroso e resiliente pai de Jorge Félix Donadelli e de outros dez filhos – Pedro, o homem que, com a esposa Sabina, tudo começou.

“Desastrosas intervenções nas estatais”

O colunista de economia Celso Ming, homenageado no último sábado, 16 de março, por ter completado 50 anos de trabalho no Grupo Estado (inicialmente, no “Jornal da Tarde”; ultimamente, no “Estadão”), publicou na edição de 14 de março do “Estadão” o texto “Presidente Lula é viciado em intervenções desastrosas nas estatais”, focalizando as recentes notícias sobre a Petrobras.

Esta foto tirada por Luiz Carlos Ramos mostra o momento da homenagem a Celso Ming, sábado, num restaurante de São Paulo, durante o 16.º encontro anual de jornalistas que tiveram o prazer de trabalhar no inovador “Jornal da Tarde”. Ming, emocionado, estende os braços para Fernando Mitre, diretor de Jornalismo da TV Band, e Regina Pitoscia, especialista em economia em jornais e TVs. Entre outros, também aparecem na foto Denise Mirás, da revista “IstoÉ”; o escritor Ivan Ângelo, que foi secretário de Redação do “JT”, e Maria Amélia Rocha Lopes, que trabalhou no “JT” e na TV Cultura. Mais de 50 jornalistas compareceram ao almoço tradicionalmente organizado por Mário Marinho.

Esta é a coluna de Celso Ming de 14 de março:

Independentemente da motivação ideológica, é complicada a administração de uma empresa de economia mista quando o chefe do Tesouro, acionista majoritário das ações com direito a voto, muda a cada quatro anos.

Ainda mais complicada e mais sujeita a contradições é a administração desta mesma empresa de economia mista quando tem de tomar decisões estratégicas levando em conta prazos longos, quase sempre superiores a dez anos, como é o caso da Petrobras – quando o horizonte de qualquer governo é de apenas um mandato, todos querendo repetir JK: fazer 50 anos em 5 (no caso, em 4). A governança vai pro brejo.

O presidente Lula é reconhecidamente intervencionista. Refuga desde a autonomia do Banco Central até a de empresas essencialmente privadas, como é a Vale. Pouco está ligando para determinações da Lei das Estatais que tentam blindar a administração das empresas de economia mista do jogo eleitoreiro do governo da hora.

crise dos dividendos da Petrobras mostra um defeito adicional: a falta de clareza nos objetivos intervencionistas do governo. De um lado, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveiradefendem a retenção dos dividendos extraordinários, tendo em vista investimentos multibilionários da Petrobras, mesmo levando-se em conta que os estatutos da empresa impedem que esses recursos sejam para investimentos. E, de outro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa dos dividendos para abater o rombo fiscal e para azeitar sua administração.

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“Ora, esses estatutos neoliberais!” – parecem dizer tanto o presidente Lula como o ministro Rui Costa. “Se os estatutos são obstáculo à política deste governo, que se mudem os estatutos. Para isso é que servem os representantes dos interesses do acionista majoritário no Conselho de Administração.”

Os governos existem para intervir nos mercados e coibir excessos. O problema é que a natureza das intervenções do presidente Lula é de uma ineficácia atroz. Quando exige que a Petrobras invista na construção de refinarias, cuja capacidade operacional começará a sobrar no mundo, ou na construção de embarcações e de plataformas de altíssimo custo, não está incentivando uma indústria nacional moderna e competitiva. Ao contrário, está protegendo o atraso.

Alto contraste com essa mentalidade e essa política é o caso da Embraer. Enquanto foi estatal, não conseguiu decolar. Uma vez privatizada, vem acumulando sucessos. Acaba, por exemplo, de receber uma encomenda de 133 jatos E-175 da United Airlines. E, no entanto, a Embraer não trilhou os caminhos protecionistas defendidos por Lula.

Cerca de 80% dos componentes dos seus aviões são importados. Seus resultados não se destinam a investimentos visando a substituir importações. E seus engenheiros são hoje alvo da cobiça de outras fabricantes, a começar pela Boeing. Mas, se dependesse de Lula e do PT, a Embraer seria reestatizada.

“Estadão” confirma projeção das pesquisas

O jornal “Estadão” publicou, em página inteira de sua edição de 11 de março, reportagem do jornalista Lucas Agrela sob o título “Preço em condomínios no entorno de SP tem valorização de 40%”.

O boletim AELO ON, ao reproduzir aquele texto, relembra que um dos fatores para a valorização cresceu de 2020 a 2022, durante o ciclo mais dramático da pandemia de covid-19 no Brasil: inúmeras famílias da região metropolitana foram atraídas para áreas mais tranquilas. E, nas reuniões do CDU daquele período, as pesquisas sobre o mercado de loteamentos do Brasil e do Estado de São Paulo, da empresa Brain, em parceria com a AELO e o Secovi-SP, já projetavam o aquecimento das vendas em várias regiões, com base no “desejo de uma nova moradia”. A praticidade do “home working”, comprovada em tempos de necessário isolamento, teve influência nas mudanças no mercado.

Na ponta, Barueri, Campinas e Jundiaí

Esta é a primeira parte da reportagem do “Estadão”:

As casas de condomínios fechados em municípios próximos de São Paulo tiveram um salto médio de quase 40% nos preços entre 2019 e 2023, segundo levantamento do DataZap, feito a pedido do “Estadão”. A expansão foi puxada pela procura por imóveis maiores, maior segurança e custo de vida menor do que na capital paulista.

As cidades com maiores preços por metro quadrado são Barueri (R$ 10.898,70), Campinas (R$ 7.175,67), Jundiaí (R$ 7.079,46), Arujá (R$ 6.621,69) e Vinhedo (R$ 6.474,70).

Segundo especialistas, a procura teve ápice na pandemia de covid-19, mas segue com demanda forte devido a fatores ligados à segurança pública e à busca por casas com mais espaço.

No caso de Barueri, município em que existe Alphaville, a valorização entre 2019 e 2023 foi de 74,7%. Em Campinas, 33,4%; Jundiaí, 40,8%; Arujá, 33,8%; e Vinhedo, 37,6%. Também se destacam Sorocaba, Carapicuíba e Cotia.

O levantamento considerou imóveis voltados à classe média alta, com renda de 10 a 20 salários-mínimos mensais. As cidades no entorno da capital que não entraram na avaliação não tiveram montante relevante de anúncios para compor o estudo.

Pedro Tenório, economista do DataZap, explica: “Avaliando os níveis médios de preços municipais fica claro que existem diversas opções de valores de casas de condomínio em cidades do Interior próximas à capital paulista. Barueri se destaca no quesito luxo, enquanto Campinas, Jundiaí e Vinhedo oferecem preços próximos aos de casas de condomínio na cidade de São Paulo. Já Cotia, Mogi das Cruzes e Sorocaba são boas opções mais acessíveis para esse tipo de imóvel”.

Paulo Pinheiro, sócio-diretor da Lopes, conta que a locação subiu primeiro nas cidades próximas a São Paulo, especialmente em Barueri. A tendência foi puxada pelo isolamento social provocado pela pandemia, que tornou o trabalho remoto parte da realidade da população que trabalha em escritórios, ainda que hoje essa prática esteja diminuindo.

“Alphaville tinha muitos imóveis encalhados e todos foram vendidos durante a pandemia. Em Vinhedo, também aconteceu isso”, diz Pinheiro. “Um imóvel de 100m² a R$ 18 mil o m² em São Paulo pode ter o dobro do tamanho em cidades próximas pelo mesmo preço total.”

O coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, Alberto Ajzental, afirma que fatores que vão além da procura por segurança motivam a busca por moradias em condomínios fechados em municípios próximos à capital paulista.

“Há riqueza em cidades mais distantes da capital. Essas pessoas estão mais longe de São Paulo e também da praia. O custo de tempo para se deslocar é muito grande. Então, essas cidades no entorno da capital também são procuradas por quem mora longe, assim como por quem mora em São Paulo e quer ar puro e silêncio”, diz.

A incorporadora AZO, de Campinas, está entre as empresas que fazem esse tipo de empreendimento imobiliário. Na foto, o projeto mais recente, o Residencial Pateo Atmosphera, que tem casas de 200 m² de área construída, com três ou quatro dormitórios, quatro vagas de garagem, monitoramento 24h, piscinas, academia, espaço para animais de estimação e horta de temperos.

Os sobrados construídos pela empresa já preveem a instalação de elevador para facilitar a mobilidade para famílias com idosos ou cadeirantes.

O CEO da AZO, José Albuquerque, conta que o empreendimento foi vendido no lançamento, em agosto de 2018, por valores entre R$ 6 mil e R$ 7 mil o metro quadrado. Agora, pronto, cada imóvel é vendido entre R$ 11 mil e R$ 13 mil o metro quadrado. Albuquerque diz que o projeto foi viabilizado pelo terreno já ter origem urbana, e não de área rural, o que acelerou a execução do empreendimento.

“A procura melhorou bastante depois da pandemia, que levou a um despertar das pessoas para a busca por qualidade de vida e espaço. A casa é um objeto de desejo. As pessoas se empilham nos apartamentos nas grandes cidades por questões de necessidades urbanas. Campinas é o município com o 10.º maior PIB do Brasil, uma cidade imensa, mas que tem condições de implementar condomínios de casas”, afirma.

Projeto de Mogi une empresas grandes

A seguir, o AELO ON reproduz a segunda parte da reportagem do “Estadão” de 11 de março:

A incorporadora Helbor, que concretizou inúmeros edifícios residenciais e comerciais em São Paulo e em Santos, tem um projeto junto com a empresa de papel e celulose Suzano em Mogi das Cruzes. Com o loteamento de parte da Fazenda Rodeio, uma das plantações de eucalipto da Suzano, a incorporadora viabiliza espaços para a construção de casas de condomínio para os consumidores que migram da Zona Leste de São Paulo ou da região do ABC para Mogi. Porém, o maior volume de compradores é da própria cidade.

Fazenda Itapety (foto), o empreendimento, fica a cerca de 50 km da capital paulista. Previsto para ser entregue no final de 2025, o condomínio tem lotes de 420 m² e terá piscinas, academia e quadras, além de rede elétrica subterrânea, segurança 24h e até mesmo um lago. O preço de um terreno médio de 480 m² é de R$ 1.700 o metro quadrado, o que totaliza um valor aproximado de R$ 816 mil. O volume geral de vendas do Fazenda Itapety é de R$ 520 milhões.

Para o desenvolvimento do projeto, a Helbor e a Suzano se uniram para criar a empresa Alden. O plano dividiu uma área da Fazenda Rodeio, de 10 milhões m², em três partes, sendo que 44% são de preservação permanente, 36% para novas áreas verdes, lazer e conveniência e 20% para empreendimento residencial.

Segundo o diretor de vendas da Helbor, Marcelo Bonanata, projetos de loteamento como esses podem levar mais de dez anos para ter as aprovações necessárias para a venda para construção de moradias, sendo esse o maior entrave para empresários que almejam executar projetos de condomínios horizontais no País.

Rodrigo Luna: “O bom senso que o Censo pede”

O jornal “Folha de S. Paulo” publicou o artigo “O bom senso que o Censo pede”, escrito pelo presidente do Secovi-SP, Rodrigo Luna (foto), que defende o adensamento inteligente das cidades como caminho para abrigar a população com dignidade.

Este é o texto de Rodrigo Luna:

O “Censo 2022: Características dos Domicílios – Resultados do Universo” trouxe relevantes dados para orientar o desenvolvimento urbano das cidades e recomenda reflexões sobre como as legislações que definem a ocupação de territórios são determinantes para a qualidade de vida.

Conforme o levantamento, 84,8% da população brasileira residia em casas – 171,3 milhões de cidadãos, mas houve crescimento na proporção de pessoas vivendo em apartamentos: 12,5% dos habitantes nesse tipo de domicílio, contra 8,5% em 2020. Um aumento expressivo, detectado em âmbito nacional, principalmente nos municípios maiores.

Das 319 cidades com pelo menos 100 mil habitantes, 171 possuem 10% ou mais dos seus moradores vivendo em apartamentos. Em 14 delas, o percentual supera um terço da população. São Caetano do Sul (SP), que está em primeiro lugar na lista dos municípios brasileiros no 1DH (índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, e que também se sobressai nos rankings de sustentabilidade, tem 50,8% de sua população em edifícios.

Em geral, os municípios mais verticalizados estão em importantes regiões metropolitanas, como é o caso da capital paulista, uma das únicas três cidades do País que rompem a marca de metade dos cidadãos morando em prédios, ao lado de Balneário Camboriú (57,2%, SC) e Santos (63,5%, SP).

Essa verticalização ocorreu em áreas dotadas de infraestrutura urbana, próximas a eixos de transporte público e rodovias, evidenciando que mobilidade é vetor de adensamento. Adensamento que responde à demanda das pessoas na vida moderna, aos novos arranjos familiares, à busca por acesso mais fácil a serviços, menor desperdício de tempo com deslocamentos em especial casa- trabalho -, maior segurança; enfim, mais bem-estar.

Espalhar as pessoas nas grandes metrópoles definitivamente produz dificuldades e má qualidade de vida à população. A única forma de atender essa demanda é por meio da verticalização e do adensamento inteligentes. Até porque os espaços que oferecem tais recursos estão cada vez mais valorizados. E a única forma de diluir o alto custo dos terrenos é distribuí-lo por grandes números de unidades produzidas.

É com essa visão de escala que o Minha Casa, Minha Vida, um dos maiores programas habitacionais do planeta, está impulsionando a verticalização e ampliando o acesso das famílias de baixa renda a um lar, notadamente nos grandes centros urbanos.

A história mostra que leis elitistas terminaram por originar o grande número de ocupações irregulares nas cidades. Em São Paulo, observamos a invasão irreversível das Áreas de Preservação Permanente (APP), caso dos entornos das represas Billings e Guarapiranga, onde estão cerca de 100 mil famílias. E o impacto ambiental produzido pela população às margens desses reservatórios é intenso e contínuo.

Os limites impostos à produção de habitações pelo mercado formal geraram grilagem, clandestinidade e venda de lotes pelo crime organizado. Geraram pessoas vivendo sem a titularidade de seu bem e complexidade adicional aos planos de tentativa de regularização fundiária em andamento no país.

Sempre que as leis ignoram a realidade, a realidade engole as leis. As pessoas precisam morar. Quando não conseguem fazer isso legalmente, e com o apoio de programas governamentais que as subsidiem na aquisição de suas moradias, não há saída. E não se pode pensar em julgá-las ou condená-las. É questão de sobrevivência.

O único meio de enfrentar esse martírio é ter legislações que destravem e intensifiquem a produção de habitações de interesse social mais centrais e perto de onde estão trabalho, lazer e serviços. E só há um caminho para acomodar tantas vidas com dignidade: adensar e verticalizar com inteligência, por meio de legislações urbanísticas que possibilitem melhor aproveitamento de territórios com infraestrutura e que impulsionem a oferta de moradias formais para a baixa renda. Este é o bom senso que o Censo pede.

Municípios goianos registram ilegalidades

Os municípios turísticos de Abadiânia, Alto Paraíso, Aruanã, Caldas Novas e Aruanã, no Estado de Goiás, estão sendo investigados pela Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente, já que registram um grande número de sítios de recreio em situação ilegal, que não respeitam a legislação. O assunto foi um dos mais lidos do jornal “O Popular”, de Goiânia, o principal do Estado. Na foto, uma vista aérea de Abadiânia.

A Delegacia mantém 203 processos abertos contra os responsáveis por essas propriedades. Os casos mais antigos são de 2017. De 2019 a 2023, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás emitiu 82 autos de infração e multas, que somam quase R$ 7 milhões, por causa de parcelamento irregular do solo.

Os anúncios de sítio de recreio expõem, em sua maioria, imóveis de mil metros quadrados. Alguns chegam a 2 mil metros quadrados. Os lotes urbanos, em Goiás, são, em média, de 150 metros quadrados a 300 metros quadrados.  Um módulo rural, conhecido por chácara, atinge 20 mil metros quadrados. Em geral, as empresas loteadoras seguem as leis federais, estaduais e municipais, mas também tem sido elevado o número de empreendimentos ilegais ou clandestinos.

AELO: (11) 3289-1788        www.aelo.com.br

 

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