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AeloOn

Informativo Periódico

Boletim AELO Online 976

Ano 23
Nº 976
São Paulo
22/02/2024

Teste

Aos 43 anos, AELO festeja com você

Fundada em 24 de fevereiro de 1981, em São Paulo, a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO) completa 43 anos dentro de dois dias.

Sim, a AELO tem inúmeros motivos para festejar o aniversário junto às suas mais de mil empresas associadas, que a tornaram uma entidade de âmbito nacional, presente em 21 Estados. Os leitores habituais do AELO ON sabem das conquistas que nosso trabalho em equipe vem garantindo ao setor de loteamento e desenvolvimento urbano e já contribuem para o sucesso do 1.º Fórum Nacional de Desenvolvimento Urbano, a ser organizado pela AELO em parceria com o jornal “Estadão”, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, em data que está sendo estudada.

O aniversário coincide com o lançamento do novo site da AELO, um marco na evolução da comunicação da entidade com os associados, com os parceiros e com o público em geral.

Portanto, nós, da AELO, desejamos festejar com você!

Caio Portugal: ‘Aprendemos com os pioneiros’

Esta foto de Calão Jorge, tirada em 18 de março de 2019, mostra o presidente Caio Portugal, na sede da AELO, alguns minutos depois de ter sido reeleito, mais uma vez, para o cargo que vem ocupando desde março de 2011.

Ao lado de Caio Portugal, aparece a Galeria dos Presidentes, com as fotos dos dez dirigentes que ocuparam o cargo de 1981 a 2011. Da esquerda para a direita, os quadros de Flavio Amary, o mais recente presidente (2009-2011), a Luiz Caldin, o primeiro (1981-1982). Caldin foi sucedido, pela ordem, por Lelivaldo Benedicto Marques, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, Edgar de Souza, Maurício Scopel, Carlos De Gióia, Sérgio Guimarães Pereira, Roland Philipp Malimpensa, Luiz Eduardo de Oliveira Camargo e Flavio Amary.

Caio Portugal, que assumiu cargos na AELO pela primeira vez em 1991, paralelamente às orientações recebidas nas aulas do saudoso professor Vicente C. Amadei (1932-2010), está longe de ser centralizador: costuma ouvir a opinião de cada um dos demais membros da Diretoria, assim como os dos Conselhos Consultivo e Fiscal, e os integrantes do Conselho Jurídico, respeitando as respectivas especialidades.

O presidente Caio Portugal agradece aos companheiros de Diretoria, aos membros dos Conselhos Consultivo e Fiscal, aos advogados do Conselho Jurídico e aos colaboradores e às entidades parceiras. Além disso, Caio faz questão de homenagear os dirigentes pioneiros de 43 anos atrás, assim como os que o antecederam no cargo: “Todos nós, da Diretoria e dos Conselhos, aprendemos com aqueles dirigentes idealistas que nos precederam”.

Um time unido, acostumado a vencer

Em 28 de março de 2023, os associados da AELO elegeram, na Assembleia Geral Extraordinária, a única chapa inscrita, “AELO Entidade Nacional”, liderada pelo presidente Caio Carmona Cesar Portugal. O nome da chapa reflete o crescimento da AELO nos últimos 13 anos, período em que passou de entidade regional de São Paulo à condição de entidade de âmbito nacional, atualmente com mais de 1.000 associados em 21 Estados do País.

A chapa completa “AELO Entidade Nacional”, a seguir reproduzida, engloba os membros da Diretoria Executiva e os integrantes do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal.

A eles, a homenagem do AELO ON pelo 43.º aniversário da AELO e pelas importantes conquistas do decorrer de uma década. Este é um time unido, acostumado a vencer, dedicando-se totalmente às causas das empresas de loteamento e desenvolvimento urbano.

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente CAIO CARMONA CESAR PORTUGAL

Vice-Presidente LUIS PAULO GERMANOS

Diretor Administrativo e Financeiro ARTHUR MATARAZZO BRAGA

Diretor de Relações Institucionais JORGE FELIX DONADELLI JÚNIOR

Diretor de Assuntos do Meio Ambiente MARCOS ANDRÉ BRUXEL SAES

Diretor de Assuntos Regionais ELIAS RESNICHENCO ZITUNE

        

CONSELHO CONSULTIVO

Presidente

CIRO PEREIRA SCOPEL

Membros Efetivos

FLÁVIO AUGUSTO AYRES AMARY

CLAUDIO BERNARDES

ÂNGELA APARECIDA LEMES PAIVA FERNANDES

LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA CAMARGO

JOÃO VICTOR SILVA ARAÚJO

Membros Suplentes

ANTONIO BASILE

ANTONIO ALEXANDRE FRANCO THOMAZ

CONSELHO FISCAL

Membros Efetivos

PAULO ROBERTO VELZI

OSMAR SOUZA BARBOSA

RUTH CARMONA CESAR PORTUGAL

Membros Suplentes

CECI SOARES KRÄHENBÜHL PICCINA

JAQUES ZITUNE

MARCOS CESAR WALTER

A foto que ilustra esta nota do boletim foi tirada pelo repórter fotográfico Calão Jorge no histórico 9 de maio de 2022, por ocasião da assinatura do termo de parceria entre a Prefeitura de Campinas e a AELO para a campanha Lote Legal, contra loteamentos clandestinos, lançada pela nossa entidade em 2021.

O documento foi assinado numa cerimônia, em Campinas, pelo prefeito Dário Saadi e pelo presidente da AELO, Caio Portugal. Campinas tornou-se, assim, o primeiro município de grande porte a aderir à campanha, que, a cada dia, ganha novos apoios.

Nossos diretores, comprovando a unidade administrativa da AELO, estiveram naquele encontro. A exceção ficou por conta do diretor de Assuntos de Meio Ambiente, Marcos Saes, que naquele dia havia sido convocado para uma importante reunião no Congresso Nacional, em Brasília.

A seguir, o AELO ON identifica todos os que aparecem na foto de Calão: o prefeito Dário Saadi está no centro, tendo ao lado a secretária municipal de Planejamento e Urbanismo, Carolina Baracat Lazinho, e o presidente da AELO, Caio Portugal. Da esquerda para a direita, surgem quatro diretores da AELO: Luis Paulo Germanos (vice-presidente), Elias Zitune (Assuntos Regionais), Arthur Matarazzo Braga (Administrativo e Financeiro) e Jorgito Donadelli (Relações Institucionais). Ao lado de Caio, o delegado Regional da AELO em Campinas, Clóvis Cabrino Júnior, e o representante da AELO e do Secovi-SP nas reuniões do Graprohab, engenheiro Jonas Mattos.

Descubra a evolução do nosso site

Conforme informou o boletim AELO ON na edição de duas semanas atrás, a AELO está ficando de site totalmente renovado, na internet, nesta época do seu 43.º aniversário.

A agência 6P de Marketing e Propaganda, que se tornou parceira da AELO em junho de 2023, tem contribuído, de modo expressivo, para o novo ciclo de evolução da comunicação da nossa entidade. Vem aí o novo site. E, paralelamente, uma completa renovação do material de divulgação da campanha Lote Legal, de combate aos loteamentos clandestinos.

A 6P, criada há 25 anos, em Ribeirão Preto, se apresenta como uma agência de publicidade inquieta, atual e comprometida: “Oferecemos serviços que combinam nossa experiência com comunicação, tecnologia e comportamento para sermos a extensão do marketing de nossos clientes: um hub de soluções criativas que transforma a jornada dos negócios”. Em sua sede, na Rua Professor Mario Roxo, 260, Bairro Alto da Boa Vista, Ribeirão Preto, SP. (foto), respira-se criatividade e uma intensa busca pela qualidade da comunicação.

Comandada por quatro diretores, a 6P tem Daniel Malusá Gonçalves como sócio CEO. Na parceria com a AELO, Daniel mantém contatos diretos com o presidente Caio Portugal e acompanha os trabalhos desenvolvidos por uma equipe, que tem Eduardo Costa Cesar como head da equipe de atendimento e novos negócios, e Luciene Francisco como responsável pela carteira imobiliária da agência.

É com Daniel, Eduardo e Luciene que o diretor de Relações Institucionais da AELO, Jorgito Donadelli, em nome da Diretoria da entidade, tem dialogado com a 6P nestes oito meses de trabalho conjunto. Nessa missão estão também o assessor de Comunicação da AELO, jornalista Luiz Carlos Ramos, e o repórter fotográfico Valão Jorge, todos sob o apoio técnico e administrativo da equipe da sede da AELO, em São Paulo.

Em 21 de junho, Jorgito teve a primeira reunião presencial com a equipe da 6P, em Ribeirão Preto, em que ficou definido um cronograma para aprimoramento da imagem da AELO, nestes tempos de entidade de âmbito nacional. A AELO agora está, nas mídias sociais. E o AELO ON ficou mais acessível.

A publicitária Luciene Francisco, responsável pela carteira imobiliária da 6P, nossa interlocutora no dia a dia da agência e da AELO, explica: “Com muita alegria, apresentamos o site novinho da AELO. Fizemos esse trabalho pensando nos associados da AELO e nas pessoas interessadas em conhecer o universo das empresas de loteamento e desenvolvimento urbano. O novo site permite ao internauta explorar, de forma fácil, tudo aquilo que a AELO já fez e que tem feito. Queremos lhes mostrar tudo que preparamos. Acessem o site www.aelo.com.br e venham curtir com a gente! Preparem-se para uma experiência simples e cheia de coisas legais. O futuro do desenvolvimento urbano está à espera de vocês”.

Na edição da próxima semana, o AELO ON vai publicar a repercussão do 43.º aniversário da AELO e as reações ao lançamento do site.

Queremos saber a opinião de todos.

Daniel Malusá Gonçalves, o líder da 6P

Daniel Malusá Gonçalves (foto), publicitário, sócio CEO da 6P, tem 25 anos de experiência no segmento de marketing, vendas e comunicação. É formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo.

Líder, com forte atuação empreendedora e diversas atividades realizadas no terceiro setor, Daniel demonstra habilidade para coordenação e gestão de equipes. Na 6P, o CEO lidera uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais. Tem experiência na condução de campanhas de grande impacto, na construção de estratégias com base na jornada do consumidor e gestão de múltiplos canais de comunicação, incluindo os ecossistemas de comunicação digital e estratégias de performance.

Daniel Malusá Gonçalves assumiu, em setembro de 2018, mais um cargo, o de cônsul honorário da Alemanha na região de Ribeirão Preto, com jurisdição também nas cidades de Araraquara, Sertãozinho, São Carlos e Franca. A atividade envolve a prestação de serviços consulares, e o fomento do intercâmbio econômico, educacional e cultural entre a Alemanha e essa expressiva região do Interior paulista.

“Aceitei com muita honra e responsabilidade o convite e trabalharei para incentivar um intercâmbio econômico, cultural e educacional cada vez maior entre nossa região e a Alemanha”, disse Daniel. Ele não é descendente de alemães, mas morou naquele país, como estudante na cidade de Tübingen, ao sul de Stuttgart, e gosta de revisitar as principais cidades alemãs.

Em 21 de junho do ano passado, Daniel Malusá Gonçalves ao receber o diretor de Relações Institucionais da AELO, Jorgito Donadelli, e explicou que a 6P se sentia honrada por ter sido escolhida como nova parceira da nossa entidade: “Conheço o presidente Caio Portugal desde os nossos tempos na FGV, e sei da evolução que a AELO vem tendo nos últimos anos. É um prazer trabalhar com vocês.” E o trabalho decolou, na avaliação da Diretoria da AELO.

O grande Fórum está sendo planejado

Continuam evoluindo os planos da AELO para a realização do 1.º Fórum Nacional de Desenvolvimento Urbano, em parceria com o jornal “Estadão”.  Será um grande evento, durante todo o período da manhã, em data a ser definida, no principal auditório do Milenium Centro de Convenções – prédio em que funcionam as sedes do Secovi-SP, AELO, SindusCon-SP, ADIT Brasil e FIABCI Brasil –, em São Paulo. A meta: demonstrar o que é, de fato, o nosso setor e sua importância para o País, além de debater a qualidade das nossas cidades, em ano de eleições municipais.

O presidente da AELO, Caio Portugal, espera receber da Ecconit Consultoria Econômica, nos próximos dias, o relatório sobre as respostas das empresas de loteamento ao questionário lançado em outubro e as conclusões finais. Os dados vão consolidar a Caracterização do Perfil Econômico do Setor de Loteamento e Desenvolvimento Urbano, o completo retrato do setor no Brasil. A partir disso, a AELO vai cravar uma data para o evento.

Caio Portugal vem mantendo contato com duas representantes do jornal “Estadão”: Cida Cavalcanti e Regina Fogo (foto).

Cida Cavalcanti é gerente Comercial para o setor imobiliário, no “Estadão”, e tem dialogado frequentemente com a AELO nos últimos dois anos.

Regina Fogo atua como gerente de Estratégia de Conteúdo e também participou dos projetos dos cadernos especiais sobre loteamentos de novembro de 2022 e de maio de 2023.

A cúpula da Redação do “Estadão” está empenhada no sucesso do projeto que vem sendo debatido entre as duas partes. O Fórum Nacional tem tudo para se tornar um evento histórico no universo imobiliário do País. Haverá painéis com a participação de respeitados especialistas. Alguns convites já foram feitos. O AELO ON apresentará novos detalhes em breve.

Tragédia do Litoral Norte completa um ano

Em sua edição impressa de 4 de março de 2023, o “Estadão” publicou reportagem de página dupla que recebeu a manchete “As 101 mil piscinas de chuva no Litoral de SP”, referindo-se ao fato de, em apenas 24 horas, entre os dias 18 e 19 de fevereiro – em pleno início do Carnaval –, terem caído mais de 600 milímetros de chuva nos municípios do Litoral Norte, principalmente em São Sebastião. De acordo com cálculos, se a precipitação tivesse ocorrido nessa intensidade em toda a costa de São Sebastião, constituída de praias e de encostas ocupadas por milhares de moradores, a água acumulada seria suficiente para encher, até a borda, mais de 100 mil piscinas olímpicas – aquelas de 50 metros de comprimento, de competições oficiais.

Um ano depois da grande tragédia, que provocou dezenas de mortes e deixou milhares de famílias desabrigadas, o mesmo “Estadão” escalou dois de seus melhores profissionais – o repórter Gonçalo Junior e a repórter Priscila Mengue – para revisitar o Litoral. O resultado foi um belo trabalho, que mereceu chamada com foto na capa do jornal, na edição de domingo, 18 de fevereiro. A foto mostra a moradora Maria Domingas de Jesus, que insiste em permanecer na Vila do Sahy.

Em duas páginas internas da versão impressa, com destaque também na versão online, estão publicados os textos de Gonçalo e de Priscila, com ótimas foto de Tiago Queiroz. A manchete: “Um ano depois, ainda há pessoas que moram em área de risco na Vila do Sahy”.

O AELO ON reproduz aqui a capa do “Estadão” e dedica a próxima nota à reportagem dos dois jornalistas.

Os governos federal, estadual e municipais tentam mitigar os problemas deixados pela chuva e pelos deslizamentos de terra. A união entre as três faixas de governo foi demonstrada em 19 de fevereiro de 2023, quando do encontro entre o presidente da República, o governador de São Paulo e o prefeito de São Sebastião, mas precisa prosseguir, na recuperação das vilas e das rodovias e, principalmente, na missão de evitar futuras tragédias com essa dimensão. Se é verdade que o volume de chuva foi imenso, também ficou demonstrado, mais uma vez, o desleixo em relação à ocupação irregular das encostas da Serra do Mar.

As inúmeras iniciativas de solidariedade às vítimas, por meio de doações de dinheiro, roupas, alimentos e medicamentos podem ter servido de consolo. Mas o rastro de destruição e de tristeza deixado no Litoral Norte não pode cair no esquecimento.

O Carnaval de 2024 já se foi, mas este verão tem sido de chuvas intensas. As previsões meteorológicas advertem para o risco de tempestades no final de fevereiro e no início de março em toda região Sudeste do Brasil. Cada uma das quatro estações do ano dura três meses. Logo vai chegar o outono, mas, situações climáticas à parte, cabe a todos nós atentar para os cuidados na ocupação do solo.

Em 2023, o presidente da AELO, Caio Portugal, em entrevista ao jornalista Eduardo Geraque para a reportagem “Como loteamentos irregulares aumentam o risco de deslizamentos”, publicada em 19 de maio no Caderno Especial sobre Loteamentos do “Estadão”, enumerou ações a serem assumidas contra o risco de tragédias e citou a importância da campanha Lote Legal, da AELO, de combate aos loteamentos irregulares ou clandestinos.

Nesta semana, Caio Portugal está confirmando ao boletim AELO ON que um dos temas principais do 1.º Fórum Nacional de Desenvolvimento Urbano, programado para 19 de março, será um marco da luta contra a construção de moradias em áreas de risco.

Ainda há famílias na área da tragédia

Reportagem de Gonçalo Junior e Priscila Mengue, sob o título “Um ano depois, ainda há pessoas que moram em área de risco na Vila do Sahy”, publicada no jornal “Estadão” no domingo, dia 18, atualiza as informações sobre a região, com fotos de Tiago Queiroz.

Este é o texto dos dois jornalistas enviados ao Litoral Norte:

A empregada doméstica Valdirene Silva, 48 anos, é uma das pouquíssimas pessoas que ainda moram na área com maior número de mortos após deslizamentos de terra na Vila Sahyem São Sebastião, um ano atrás. Os vizinhos se foram com medo de novas tragédias. Ela se mudou, mas não se adaptou nos prédios provisórios do governo estadual em Bertioga. Voltou. Agora, quando chove forte, corre para a “casa do patrão”, como ela diz, onde não há risco de desmoronar.

temporal que deixou 64 mortos em São Sebastião faz um ano nesta segunda-feira, 19. Há famílias que permanecem na área de encosta. Parte fica por questões econômicas, como falta de dinheiro para uma nova casa na região e por não querer morar longe do trabalho. Também pesam razões afetivas, como relutar em sair de onde morou a vida inteira. O poder público, até agora, não conseguiu resolver as demandas de todos os moradores – e o Ministério Público cobra indenização para parte das famílias na Justiça.

A prefeitura diz investir R$ 123 milhões em obras de contenção no pacote de serviços emergenciais de reconstrução, com limpeza e terraplanagem, contenções com concreto projetado, plantio de vegetação, barreiras flexíveis e muros de gabião (estrutura de pedra e fios de aço).

Já o governo de São Paulo informa que investiu mais de R$ 1 bilhão em ações para o litoral norte, entre novas moradias, linhas de crédito para economia e turismo, obras de infraestrutura, prevenção e incentivos.

“Minha vida inteira está aqui. Não dá para mudar de casa como quem muda de roupa”, diz o motorista de ônibus José Raimundo Silva, de 62 anos, apontando para o sobrado que virou a última casa da rua, isolada na encosta, depois que pelo menos quatro casas do quarteirão vieram abaixo.

Valdirene tentou sair dali. Ela e a mãe, Maria Domingas, de 75 anos, viveram oito meses em Bertioga, no condomínio cedido pelo governo estadual. “Não tinha espaço para plantas nem para a roupa secar”, diz ela, que perdeu uma irmã, Valdecira, no deslizamento do ano passado.

Maria Domingas, acostumada a Ibirapitanga (BA) onde trabalhava na roça a ponto de deixar calos nas mãos, lamentou a falta do quintal. Não se adaptaram aos 40m² da nova casa. “Sempre dá medo na hora da chuva mais forte. Aí, vou para a casa do meu patrão.”

Questões econômicas também influenciam a decisão da maioria das 200 famílias do bairro que foram obrigadas a mudar de CEP. O que assustou foi a distância de 35 quilômetros até Bertioga, onde o governo ofereceu a moradia provisória.

A opção definitiva proposta pelo Estado, para um segundo momento, era o conjunto Baleia Verde, na praia da Baleia. Inicialmente, a ideia era de cobrança de mensalidade de 20% da renda das famílias que fossem para esses imóveis, o que depois foi descartado pelo governo. “Como vou pagar uma casa na Baleia se eu já tenho uma casa aqui?”, questiona o pedreiro José Firmino dos Santos, de 52 anos.

Sobre os moradores que permaneceram na área da tragédia, a prefeitura diz que “a intenção das obras é prevenir futuros problemas ao estabelecer um sistema de drenagem com a capacidade de lidar com grandes volumes de chuva em curtos intervalos de tempo”.

“Minha vida é aqui. Não vou sair”

Apesar de irregular, o bairro de cerca de 30 anos está consolidado, com ruas e vielas pavimentadas e ligação de energia elétrica. Moram ali migrantes que buscam ofertas de trabalho nas residências de veranistas, restaurantes e pousadas. São motoristas, pedreiros, jardineiros, porteiros e cozinheiras.

Outros moradores querem ficar porque acreditam que o risco vai diminuir com as obras de urbanização, contenção e drenagem. A casa do motorista de ônibus José Raimundo Silva, o Zeca, de 63 anos, fica no alto do morro, grudada na encosta. Hoje, ele mora sozinho. E isolado.

Esta foto de Tiago Queiroz, publicada no “Estadão”, mostra: a casa do motorista Zeca virou a última da rua, isolada na encosta.

As outras construções foram levadas pelo deslizamento – Zeca aponta o dedo e vai se lembrando de quem morava lá um ano atrás; os demais vizinhos acabaram se mudando. Abalada e com idas regulares ao psicólogo, a mulher de Zeca, Eleni, vive com parentes em Boiçucanga, também no litoral, mas promete voltar.

Por causa das obras em andamento, Zeca não consegue mais subir o morro com seu Voyage prata 2011. Escala o morro a pé. “Minha vida é aqui. Quando cheguei, só tinha uma rua. É a casinha branca, como a música, que sempre sonhei. Não vou sair”.

“É claro que a proporção da tragédia assustou todos. Como é difícil que aquela quantidade de chuva se repita, todos se sentem seguros. Não se sentem em risco”, diz Ademilton Pereira dos Santos, diretor social da Associação dos Moradores da Vila Sahy (Amovila).

Especialistas, porém, alertam para a ameaça crescente. Com o agravamento das mudanças climáticas, eventos extremos como a chuva do carnaval de 2023 tendem a se tornar piores e mais frequentes. A ocupação irregular de encostas, comum no litoral norte paulista, é apontada como um dos principais potenciais de tragédias.

O governo estadual tinha um plano de colocar abaixo a maioria das residências, mas moradores protestaram. Após pressão dos moradores, em 18 de janeiro, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) desistiu de pedir à Justiça autorização para a retirada compulsória das famílias e a demolição de 893 casas. O laudo técnico que ampliava as áreas de remoção havia sido contestado pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública.

No requerimento, o Estado alegou que estudos técnicos, mais aprofundados e amplos (com escaneamento com ondas de baixa frequência, sondagens e outros), constataram “alta possibilidade de reincidência dos mesmos sinistros de fevereiro do corrente ano (2023)” no caso de chuvas torrenciais.

Em janeiro, a Justiça havia permitido demolir 198 imóveis listados como vazios, 39 em construção e outros (em número não especificado) em área de muito alto risco, mediante procedimentos exigidos ao Estado, como notificar os proprietários e elaborar laudo técnico. A decisão destacou que a área de remoção solicitada seria muito superior à que era discutida até então nos órgãos de controle estaduais e municipais.

Segundo a advogada Sarah Oliveira, que representa a Amovilaá um estudo de reanálise de risco em andamento sob a responsabilidade do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que será feito após as obras. A previsão é de que as intervenções terminem em abril.

Com isso, o futuro da Vila Sahy guarda incertezas. Nova discussão com moradores está marcada para o início de março. Entre os moradores, há preocupação sobre garantias de que as obras serão de fato realizadas.

Nesta segunda-feira, 19, Tarcísio vai entregar cerca de 500 apartamentos na Baleia Verde para os moradores que decidirem se mudar. Conforme o governo, os apartamentos vêm equipados com geladeira, fogão, forno micro-ondas, tanquinho e camas. “Famílias da Vila Sahy têm prioridade. Os apartamentos do CDHU, em Maresias ou Baleia Verde, foram oferecidos gratuitamente na última reunião com o governo estadual”, afirma Sarah.

MP cobra indenização

Em dezembro, a Promotoria e a Defensoria Pública protocolaram ação civil pública contra São Sebastião, a fim de fixar indenização para parte das famílias afetadas. Entre as indenizações, estão 400 salários-mínimos às que tiveram um parente morto na tragédia, R$ 10 mil a cada família desalojada e R$ 30 milhões em dano moral coletivo e social, destinados ao Fundo Municipal de Regularização Fundiária.”

Em que pese a tragédia derivar de evento climático, tem-se que a situação foi significativamente agravada pela omissão do município de São Sebastião em promover a política urbana e adotar medidas destinadas a salvaguardar a população residente nas áreas de risco afetadas”, diz o requerimento.

O argumento é que a Prefeitura sabia do risco na Vila Sahy há anos e não tomou as devidas providências, inclusive com histórico de condenação em 1.ª instância em 2022, como mostrou o “Estadão”.

Sobre a ação movida pelo MP, de indenização às vítimas, a gestão Felipe Augusto (PSDB) disse ao “Estadão” que está “no prazo de elaboração da peça processual de defesa que será protocolada, oportunamente, nos autos do processo judicial”.

Em nota, o governo de São Paulo destacou a entrega de 704 unidades habitacionais em Maresias e na Baleia Verde (na segunda-feira, dia 19), em São Sebastião, destinadas a parte das famílias atingidas no temporal de fevereiro, de locais como a Vila Sahy, Boiçucanga, Juquehy e outros. Também ressaltou que outros 256 apartamentos estão em fase de contratação em Topolândia, no mesmo município. Além disso, afirmou ter se comprometido a “atender com unidade habitacional definitiva todas as famílias que saírem voluntariamente da Vila Sahy” e que as famílias diretamente atingidas pela tragédia não precisarão pagar pela nova moradia, que ocupam por meio de um termo de permissão de uso, no qual se comprometem em alguns pontos, como não ter a propriedade de outro imóvel.

Sobre a desistência da ação judicial para a retirada de famílias da Vila Sahy, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou as obras feitas pela prefeitura e disse que prioriza “dialogar com a comunidade para construir um projeto de urbanização que traga segurança para todos e atenda aos anseios da população”.

“Os estudos realizados e que atestam risco em grande parte da Vila Sahy continuam válidos e são importante ponto de partida para embasar o diálogo com a população”, ressaltou.

Destacou, ainda, a instalação de sirenes pela Defesa Civil, a implantação de um novo radar meteorológico em Ilhabela (com capacidade para monitorar toda a costa paulista) e a realização de simulados e treinamentos com moradores. “Esse cenário traz uma garantia de que, em caso de chuvas extremas que possam oferecer risco de deslizamento, será possível proteger as vidas dos moradores, a partir dos protocolos de segurança repassados à população em treinamentos já realizados.”

Artigo: “O que fazer contra risco de tragédia?”

Em engenheiro Claudio Bernardes, vice-presidente do Secovi-SP e membro do Conselho Consultivo da AELO, escreveu em março de 2023 um artigo com reflexões sobre a tragédia do Litoral Norte de São Paulo, publicado pela Coluna do Secovi-SP no jornal “Estadão” e reproduzido no AELO ON naquela época.

Uma vez que as advertências do experiente engenheiro persistem, vale a pena reler, hoje, este valioso artigo:

Chuva recorde, pessoas vivendo em áreas próximas a zonas passíveis de deslizamento, falta de planejamento para ocupação urbana adequada e política habitacional dissociada da realidade são os ingredientes para uma tragédia anunciada.

Os deslizamentos que atingiram regiões do Litoral Norte aconteceram em função da ocorrência de um índice pluviométrico altíssimo, um fenômeno natural que dificilmente poderia ser evitado por meio de intervenções antrópicas prévias.

Quando políticas habitacionais não são estruturadas de forma adequada, assistimos, muitas vezes inertes, a ocupação de áreas susceptíveis aos efeitos de deslizamentos, e isso poderia sim ter sido evitado.

Há que ser elaborado, com base em informações geológicas e geotécnicas disponíveis, um planejamento detalhado da ocupação urbana desses municípios, considerando a demanda por moradia nos próximos anos e as áreas seguras, do ponto de vista ambiental, disponíveis para ocupação residencial.

Em função da escassez de áreas apropriadas, a verticalização é uma das ferramentas para equacionar esse problema. Ao se estabelecer o plano de ocupação urbana do município, é possível determinar regras específicas, exclusivamente para a implantação de habitações dirigidas à baixa renda, que permitam a verticalização em níveis compatíveis com as áreas disponíveis, possibilitando, assim, produzir o número necessário de moradias.

É fundamental que se dissocie das regras gerais de ocupação do município aquelas que visem produzir unidades habitacionais para a população carente, sendo, portanto, tratadas como uma exceção, uma vez que a finalidade é resolver um grave problema socioambiental.

IRIB orienta prefeituras sobre os golpes

O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB) parceiro da AELO na campanha Lote Legal de combate aos loteadores clandestinos, tem atuado intensivamente na tentativa de orientar os compradores de lotes para que não sejam vítimas de golpes. O IRIB, em seu site na internet, www.irib.org.br, divulga textos esclarecedores, que têm tudo a ver com os itens da Cartilha do Comprador de Lote, inserida na campanha Lote Legal: é importante checar, junto às prefeituras e aos cartórios, a documentação do imóvel a ser comprado.

O Blog do Lote Legal, www.lotelegal.com.br, mantido pela AELO, reproduz o seguinte texto de orientação do IRIB às prefeituras.

Os loteamentos irregulares proliferam no Brasil, causando sérios transtornos para os compromissários-compradores de terrenos formados a partir de projetos nessa situação.

Os reflexos são sensíveis também para os que tenham pagado à vista os lotes e para aqueles que se tenham tornado promitentes cessionários dos primitivos compromissos.

Por primeiro, há que se conceituar o que seja loteamento urbano irregular e, nessa tarefa, iremos verificar que, basicamente, há dois tipos de irregularidades: a técnica e a jurídica.

O loteamento é tecnicamente irregular se: a) executado sem aprovação da prefeitura municipal; b) executado sem aprovação da prefeitura municipal, mas em desacordo com o projeto; e c) executado de acordo com o projeto aprovado, mas sem obediência ao cronograma de obras.

Do ponto de vista jurídico, o loteamento pode ser considerado irregular se: a) não tiver sido inscrito (antes de 1976) ou registrado (depois de 1976) no registro de imóveis e houver venda a prazo ou com oferta pública; e b) não tiver sido registrado, para qualquer tipo de venda, a partir da vigência da lei 6.766/79.

Mas cumpre ressaltar que, sob esse aspecto, há uma enorme gama de variáveis em relação à falta de registro do loteamento, entre as quais se destacam.

a) O loteador é apenas compromissário comprador da gleba loteada. Até o advento da lei 6.766/79 se entendia que apenas o proprietário poderia lotear, em face do que dispunha o artigo primeiro do decreto-lei 58/37. Assim, embora tivesse aprovado o plano de loteamento e, muitas vezes, o tivesse executado regularmente, não poderia registrá-lo, salvo depois de obter o domínio da gleba.

b) Se o loteador for proprietário de uma gleba, há divergência, para maior, entre o que consta do registro e o plano aprovado. Enquanto não retificado o registro (artigo 860 do Código Civil e artigo 213 da Lei de Registros Públicos), não pode obter o registro do loteamento.

c) O loteador dispõe de título que, por qualquer forma, deve ser regularizado para ingressar no registro imobiliário (v. g., cessão de direitos hereditários etc., posse com os elementos de usucapião).

As prefeituras municipais não examinam a prova de propriedade da gleba e, quase sem exceção, dispõem de textos legais que as autorizam aprovar os projetos sem exame dessa prova. Costumam mesmo exigir que dos projetos conste que a aprovação não implica o reconhecimento do direito de propriedade sobre a área que está sendo loteada.

Por derradeiro, há os loteamentos executados criminosamente, por pessoas que não têm e nunca tiveram quaisquer direitos sobre a gleba que está sendo loteada. São verdadeiros estelionatários, que prometem vender ou vendem imóveis dos quais nunca foram proprietários e sobre os quais nenhum direito real possuem.

Para esses últimos loteamentos, não há a menor possibilidade de regularização.

Confirmado: 28 de março, o 1.º CDU do ano

O Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP, confirmou o calendário das quatro reuniões previstas para 2024. De acordo com a assessora das Vice-Presidências do Secovi-SP, Elaine Teixeira, todas as reuniões serão híbridas – presenciais e on-line – e a primeira está programada para 28 de março, uma quinta-feira, das 12h30 às 14h30, no Salão Jequitibá, no primeiro andar do Milenium Centro de Convenções, em São Paulo.

A coordenação é de Caio Portugal, presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP. Esta foto de Calão Jorge mostra o momento da abertura da última reunião de 2023, ocorrida em 4 de dezembro.

Caio Portugal, já começou a idealizar a pauta do CDU. Haverá a apresentação do balanço da Brain sobre as pesquisas do mercado de loteamento no Estado de São Paulo e no Brasil em 2023. E o GRAPROHAB voltará a ser assunto, por meio das explicações do engenheiro Jonas Mattos.

Secovi-SP mostra pesquisa de 31 cidades

Por meio de um webinar gratuito, o Secovi-SP vai divulgar, na próxima terça-feira, dia 27, às 10 horas, uma ampla pesquisa com dados de lançamentos, vendas, vendas e estoques do mercado imobiliário em 31 cidades do Estado de São Paulo, diretamente do Milenium Centro de Convenções.

Os resultados do mercado imobiliário no quarto trimestre de 2023 em 31 cidades situadas nos principais polos econômicos do Interior paulista, da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo. Trata-se de uma parceria entre o Secovi-SP e a Brain Inteligência Estratégica.

O sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica, Guilherme Werner, vai apresentar dados de lançamentos, vendas, estoque, valor de metro quadrado, entre outras informações que contribuem para a tomada de decisão das empresas do setor.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, vai analisar e comentar os dados, contextualizando-os no cenário macroeconômico e agregando com informações sobre crédito imobiliário, recursos do FGTS e assuntos relevantes para o setor.

O vice-presidente do Interior, Frederico Marcondes Cesar, coordenará o evento, dirigido a incorporadores, construtores, administradores de imóveis corretores, profissionais do setor e demais interessados.

A iniciativa conta pontos para o Programa Qualificação Essencial (PQE) do Secovi-SP.

A inscrição dever ser feita com antecedência por meio deste site: www.secovi.com.br/eventos.

Informações: (11) 5591-1300 |  [email protected].

Agradecemos à Assessoria de Comunicação do Secovi-SP, pela colaboração.

AELO: (11) 3289-1788        www.aelo.com.br

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