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A AELO, unida à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a outras entidades do setor, retomou, na semana passada, a agenda de reuniões com parlamentares no Congresso Nacional. A meta: continuar defendendo uma reforma tributária justa para todo o País. A exemplo do que aconteceu no período de tramitação do projeto na Câmara dos Deputados, os dirigentes do setor imobiliário não abrem mão, agora, do direito constitucional de dialogar com membros do Senado em busca de decisões benéficas para o povo brasileiro.
Na semana passada, o presidente da AELO, Caio Portugal, viajou para Brasília e participou de audiência das entidades com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que trata das regras para a regulamentação da reforma tributária. A reunião ocorreu na quinta-feira, dia 8, no Senado.
O presidente da CBIC, Renato Correia, liderando o grupo, apresentou ao senador Braga informações sobre o impacto da atual versão do PLP nos diversos segmentos da construção civil, entre os quais as operações com bens imóveis.
Correia enfatizou que a indústria da construção defende que a reforma contribua para a simplificação e racionalização do sistema tributário, sem aumentar a carga atual sobre as empresas da construção e o consumidor final. A CBIC e as demais entidades têm levado aos parlamentares argumentos sobre pontos específicos do PLP 68/2024, esclarecendo as peculiaridades da construção. Tem sido demonstrado o impacto da regulamentação não somente sobre o nosso setor como também sobre a economia brasileira e sobre a sociedade.
O presidente da CBIC demonstrou ao senador Eduardo Braga que um dos pontos de maior preocupação do setor diz respeito à habitação, tanto na produção de imóveis, como loteamentos e também em locação, administração e intermediação imobiliária. “Da forma como está, o projeto aprovado pela Câmara pode criar dificuldades adicionais para o acesso à casa própria no País”, advertiu Correia.
O vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC, Ely Wertheim, que é também presidente executivo CEO do Secovi-SP, sintetizou na reunião as conclusões de estudos encomendados pelas entidades às consultorias Tendências Consultoria Econômica e Derraik, que calcularam a carga tributária atual do setor imobiliário, assim como os efeitos do projeto de lei sobre os preços da habitação. Ely explicou: “Com base nos estudos, trabalhamos para manter a carga tributária atual e evitar aumentos nos preços da habitação em todas as faixas de preço e renda.”
A foto mostra o momento em que Renato Correia, à direita, explicava ao senador Eduardo Braga (na cabeceira da mesa) detalhes da posição das entidades quanto à reforma tributária. Caio Portugal e Ely Wertheim aparecem no lado esquerdo.
O senador Eduardo Braga destacou que pretende analisar de forma aprofundada todas as propostas de alteração ao texto da regulamentação do PLP 68/2024. Ele afirmou que seu objetivo é que a regulamentação permita uma reforma tão importante para o País deixando claro o sistema tributário brasileiro e evitando, ao máximo, o risco de judicialização ou desequilíbrios. Antes de se despedir, Braga disse que agendaria para esta semana outro encontro com os dirigentes.
Caio Portugal afirmou ao AELO ON que viajaria para Brasília ontem, dia 14, para eventual nova audiência com o senador Eduardo Braga e para reuniões com outros senadores do grupo de trabalho que discute a reforma. Em princípio, está agendada para amanhã, dia 16, audiência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em julho, os dirigentes estiveram com Bernard Appy, assessor especial do Ministério, que havia ficado de levar a Haddad todas as ponderações do nosso setor.
Além de Renato Correia, Ely Wertheim e Caio Portugal, participaram da reunião com Eduardo Braga, na semana passada, o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França; os vice-presidentes da CBIC Fernando Guedes (Jurídico) e Henrique Medina e outros dirigentes.
O presidente executivo CEO do Secovi-SP, Ely Wertheim (foto), deu longa entrevista ao “Estadão”, na semana passada, que foi publicada na edição impressa na segunda-feira, dia 12, sob o título “Em nenhum momento reivindicamos redução de impostos”. Ely falou em nome do Secovi-SP, entidade parceira da AELO, e também como vice-presidente de Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Ao lado de outros dirigentes, entre os quais o presidente da CBIC, Renato Correia, e o presidente da AELO, Caio Portugal, o entrevistado vem participando, em Brasília, de contatos com parlamentares e com membros do governo federal, na tentativa de evitar que a reforma tributária prejudique o setor imobiliário e da construção e afeta o acesso da população à casa própria.
Ely Wertheim, formado em Administração de Empresas pela PUC-SP e em Matemática Financeira pela FGV-SP, é diretor da construtora e incorporadora Luciano Wertheim, fundada em 1950 pelo seu pai, Luciano Wertheim, e participou de várias Diretorias do Secovi-SP. Assumiu o cargo de presidente executivo CEO na gestão do atual presidente, Ricardo Luna, há dois anos. Luna e Ely assumiram, em janeiro, um segundo mandato, o do biênio 2024-2026. Caio Portugal é vice-presidente.
A entrevista foi feita pelo jornalista João Scheller, do “Estadão. A seguir, o AELO ON reproduz o texto do jornal:
Uma das principais discussões envolvendo a regulamentação da reforma tributária que agora segue para apreciação no Senado são as alíquotas que incidirão sobre a venda e aluguel de imóveis. Representantes do setor travam uma verdadeira “guerra de números” com o governo, divergindo sobre o impacto que as mudanças terão na carga cobrada nestas operações.
A equipe econômica defende que o aumento de preços será de cerca de 3,5% para imóveis acima de R$ 2 milhões, com uma redução de mesma ordem para imóveis de até R$ 200 mil. Já o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais de São Paulo (Secovi), Ely Wertheim, afirma que estudos encomendados pela entidade apontam para um aumento de 3% a 6% nos preços.
“São estudos de duas consultorias de renome internacional, a Tendências Consultoria e a FM/Derraik, que indicam aumento no preço da tributação”, afirma Eli Wertheim em entrevista ao “Estadão”. Segundo ele, para manutenção da carga tributária atual são necessárias redução de 60% da alíquota do IVA para a construção e mercado imobiliário e de 80% para a locação. Atualmente, esses valores são de 40% e 60%.
Eli afirma que os dados utilizados pelo governo não foram apresentados para apreciação. “Isso é uma opinião, não é um estudo”, diz ele sobre o argumento de que o acúmulo de créditos ao longo da cadeia colaboraria para um aumento de produtividade do setor.
Abaixo, os principais trechos da entrevista.
Como o Secovi-SP avalia a atual proposta de regulamentação da reforma tributária, considerando as mudanças que já foram feitas na Câmara?
Melhorias aconteceram, mas elas ainda são insuficientes para evitar o aumento do preço da habitação. O redutor de 40%, assim como o de 60% para a locação, ainda são bastante insuficientes para que o preço da habitação e locação não subam.
Quais os redutores de alíquota que o setor defende durante a análise do projeto no Senado?
O pleito é o mesmo que a gente tinha junto à equipe econômica e junto à Câmara dos Deputados. Nós temos vários estudos, em especial, dois feitos por consultorias econômicas de renome internacional, a Tendências Consultoria e a FM/Derraik. Esses estudos se aprofundam para entender a carga tributária e o impacto da reforma no setor imobiliário. Os dois estudos foram feitos de forma independente, separados, e indicam o mesmo nível de necessidade de redutor, que é 60% para construção e mercado imobiliário e 80% para a locação.
Considerando que se mantenham os redutores como foram aprovados na Câmara, qual seria o impacto no setor?
Os valores dependem de cada faixa, mas, por exemplo, imóveis de cerca de R$ 500 mil teriam 31% de aumento na carga tributária. Imóveis na faixa de R$ 1 milhão teriam 49% de aumento na carga tributária. Imóveis de 200 mil, cerca de 15% de aumento na carga tributária. Isso para os imóveis. No caso de loteamentos você tem 68% de aumento na carga tributária e na locação, você tem 136% de aumento na carga, mantido os redutores atuais.
Temos atualmente uma espécie de “guerra de números” entre o governo e o setor. O governo publicou uma nota, inclusive, dizendo que não haveria aumento de tributação com a reforma. Qual seria motivo dessa divergência de números?
De fato, a gente não conhece o motivo, porque o governo, a equipe econômica, nunca apresentaram nenhum estudo, nenhum trabalho que validasse essa tese. Então eu não posso me manifestar sobre algo que eu não conheço. Sobre os nossos estudos, como falei, são de duas consultorias de renome internacional, a Tendências e a Derraik, que indicam aumento no preço da tributação. Por outro lado, o próprio governo admite um aumento de 3,5% no valor do imóvel. Então eles admitem que não há neutralidade. Nós entendemos que esse aumento pode chegar a até 5%. E o que significa isso? Significa dobrar a carga tributária, tirar de uma série de famílias a condição de comprar casa própria com esse aumento de preço. É diferente de um copo d’água, que tem um valor baixo e não sofre tanto com um aumento de 5%. Mas, por conta dos valores altos, você faz com que famílias não tenham condição de comprarem sua habitação com esse aumento. E já não é fácil, as famílias já necessitam financiamento, subsídios, não é fácil comprar um imóvel.
Essa estimativa de aumento seria de até 5%, então?
Entre 3 e 5% dependendo da faixa de preço, o imóvel teria essa oneração no preço, porque a carga tributária aumentaria.
O pleito do setor, portanto, não seria para redução de tributação e, sim, para se manter a carga tributária atual?
Em nenhum momento reivindicamos diminuição da carga tributária. Estamos apenas colocando algo que estava prometido na reforma tributária, que era o não aumento da carga tributária. Algo que é mencionado pelo governo é impacto que os créditos que serão acumulados ao longo da cadeia de produção podem ter para melhorar a produtividade do setor, o que levaria a uma redução nos preços.
Qual é a análise que vocês têm sobre essa possibilidade?
Não existe nenhum estudo que comprove isso. Onde tem esse estudo? Isso é uma opinião, não é um estudo. Essas duas consultorias que contratamos foram verificar os estudos de impacto em outros países que adotaram o IVA no mundo, e não se observou esse tal ganho de produtividade que o governo disse. Além disso, o governo não apresenta esse estudo. Isso está mais para a opinião do que para estudo. Será? E se não? Quem garante? Baseado em quê? Quais são os exemplos internacionais que comprovam isso?
Qual a expectativa do setor para a discussão do tema no Senado?
Sempre tivemos e vamos ter uma excelente relação institucional com o Poder Legislativo. Isso é tradição do setor. Além disso, temos muito embasamento técnico para justificar as nossas demandas. Nós não estamos pedindo redução da carga tributária. E nós temos comprovações técnicas. Os estudos que o governo tem, ele nunca apresentou para a sociedade. Desconhecemos qualquer estudo que comprove essas teorias que o governo tem.
Apesar de ter pela frente vários compromissos, o presidente da AELO, Caio Portugal, vem tentando atender vários pedidos de entidades de outros Estados para fazer palestras sobre os efeitos da reforma tributária no setor imobiliário e da construção.
Duas semanas atrás, Caio esteve no Ceará, conforme relatou o AELO ON, para duas palestras. Na noite de 31 de julho, focalizou o tema “Reforma Tributária – Setor Imobiliário e Loteamentos”, na sede do Sinduscon Ceará, em Fortaleza. Em 1.º de agosto, ele permaneceu na capital cearense e foi um dos palestrantes do Almoço-Debate do LIDE Ceará. Tema: “O Impacto da Reforma Tributária no Setor Imobiliário”.
Entre uma e outra viagem para Brasília, Caio Portugal estará em Belo Horizonte na próxima terça-feira, dia 20, para participar do 3.º Congresso de Loteamentos de Minas Gerais. É uma iniciativa da AELO Minas, filiada à nossa AELO, do Sinduscon-MG e do CMI Secovi-MG.
Flávio Guerra (no centro desta foto) é presidente da AELO Minas e vice-presidente do SindusCon MG, onde também coordena a Comissão de Loteamentos. Em 24 de junho, ele fez questão de viajar a São Paulo para acompanhar o Fórum Estadão Think, e confirmou o convite a Caio Portugal para o evento de Belo Horizonte.
A última semana de agosto também estará movimentada para o presidente da AELO, por conta da Convenção Secovi 2024, o maior evento do setor imobiliário do País, que começa no dia 24. De acordo com a programação oficial, compartilhada pelo AELO ON na semana passada, Caio participará, no dia 26, do painel “A Regulamentação da Reforma Tributária e o Mercado Imobiliário”, ao lado do presidente CEO do Secovi-SP, Ely Wertheim.
No dia 27, a Convenção Secovi abrirá espaço para o tradicional Pinga-Fogo sobre Loteamentos. Caio estará no debate para abordar a reforma e as recentes conquistas do setor, ao lado de quatro outros especialistas: o presidente do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Graprohab), Lacir Ferreira Baldusco; o engenheiro civil Jonas Mattos, representante da AELO e do Secovi-SP nas reuniões do Graprohab; Jadna Beltrame Lemos, gerente do Setor de Apoio Operacional ao Parcelamento do Solo da CETESB, e a professora Mariangela Machado, diretora de Associações em Loteamentos e Bairros Planejados do Secovi-SP e gestora da AELO.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA CONVENÇÃO:
https://secovi.com.br/evento/convencao-secovi-2024/
ACESSO AOS INGRESSOS:
Em setembro, tem mais, em São Paulo: no dia 5, Caio Portugal vai coordenar a segunda reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) deste ano, das 12h30 às 14h30, também no Milenium Centro de Convenções.
Com estes dois textos, o AELO ON encerra a série de reproduções das reportagens publicadas no Caderno de Loteamentos Urbanos n.º 3 do “Estadão” em 11 de julho, baseadas nos painéis do Fórum Estadão Think de 24 de junho, em São Paulo.
Os textos, ambos sobre loteamentos e as empresas de saneamento básico, são do repórter especial Circe Bonatelli, do “Estadão”, que atuou no Fórum como mediador de todos os painéis.
Título da primeira reportagem “Novo contrato da Sabesp deixa mais claras as regras para loteamentos imobiliários”. Pela AELO, participaram do debate o presidente Caio Portugal e um dos dirigentes pioneiros da entidade, Lair Krähenbühl.
Em seguida, o boletim reproduz a sequência do debate, tendo como título “Empresa de Uberlândia é considerada modelo”.
Observação do AELO ON: em 23 de julho, um mês depois do Fórum Estadão-AELO, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, concluiu, na B3, o processo de privatização da Sabesp.
Este é o primeiro texto de Circe:
O novo contrato de concessão da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trará mais segurança para o desenvolvimento de loteamentos imobiliários, na opinião dos participantes de um dos painéis do Fórum Estadão Think, realizado em 24 de junho. Empresários e reguladores acreditam que ficaram mais claras as responsabilidades pela implementação da infraestrutura de água e esgoto nos empreendimentos construídos pela iniciativa privada.
Quando uma loteadora começar a vender lotes de um novo bairro – seja ele aberto ou fechado – a própria empresa imobiliária fica responsável por construir as redes internas de água e esgoto. Já a empresa de saneamento é responsável por fazer a ligação da rede até a entrada do loteamento. O problema é que, antes da privatização, muitas vezes, a empresa de saneamento demora em atender essa demanda da loteadora porque a área não está no seu plano inicial de investimentos. Nesses casos, ou a loteadora assume o investimento ou o projeto pode levar anos para sair do papel.
O novo contrato de concessão da Sabesp traz regras mais claras. Para o setor de loteamento, um ponto-chave é o capítulo que trata das obrigações da Sabesp. O item ‘C’ determina que a empresa tem o dever de “assegurar o atendimento a todo e qualquer usuário, atuais e futuros, de qualquer categoria (residencial, comercial, industrial, pública, rural, dentre outras), incluindo loteamentos e empreendimentos de qualquer natureza” na sua área atendível pela concessão.
O documento foi aprovado em maio, em votação realizada na primeira reunião do Conselho Deliberativo da Unidade Regional de Água e Esgoto Sudeste (Urae), que reúne 370 dos 375 municípios paulistas onde o serviço de saneamento está a cargo da Sabesp. Desse total, 287 aprovaram o contrato e 18 foram contra. Os termos do contrato foram alvo de consulta pública, aberta em fevereiro.
Além disso, o novo marco do saneamento determina que a agência reguladora instituirá regras para que empreendedores imobiliários façam investimentos em redes de água e esgoto, identificando as situações nas quais os investimentos representam antecipação de cobertura a cargo da empresa de saneamento local, fazendo jus ao ressarcimento futuro por parte da concessionária”
Para o presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO), Caio Portugal, o novo contrato atende as demandas do setor e sedimenta as responsabilidades de cada uma das partes. “Este item começa a clarear a relação do que é a responsabilidade direta do loteador e de que é uma participação ‘eventual’ do loteador no investimento”, diz Caio. Na prática, abre espaço para que o loteador peça ressarcimento por aportes em obras de infraestrutura fora da área interna do loteamento e que seja responsabilidade da concessionária de saneamento.
A pesquisa AELO-Ecconit, realizada com participação da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), aponta que a relação com as empresas de saneamento está em terceiro lugar entre as maiores preocupações das loteadoras. Ela só perde para o excesso de burocracia. Caio Portugal, explica que “o primeiro ponto é a falta de clareza na proporção correta entre o investimento que é de responsabilidade das empresas loteadoras e o que seria de competência e responsabilidade ou do poder concedente ou do seu concessionário”.
O segundo ponto: o loteador antecipa os investimentos relacionados à obrigação das concessionárias para a universalização da cobertura de saneamento. Então, o loteador deveria ter direito a algum tipo de ressarcimento deste investimento. “Hoje, em última instância, quem remunera este investimento é o adquirente do lote”, afirma Caio, referindo-se ao repasse do custo das loteadoras para o consumidor final. “Primeiro, buscamos mais eficiência na aplicação de recursos públicos e privados. Segundo, queremos ter transparência nessa relação para que isso seja percebido pela sociedade”.
O entendimento de Caio Portugal sobre o novo contrato da Sabesp é compartilhado pelo diretor de Saneamento Básico da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Gustavo Zarif Frayha.
“Esse é um ponto que acho que abre um esclarecimento melhor quanto ao ressarcimento futuro, se tiver dentro da área atendível. Isso clareia bastante a situação”, avaliou o diretor.
Indiretamente, o setor de loteamentos também deve se beneficiar do crescimento mais acelerado da infraestrutura de saneamento que está por vir e que aumentará a capilaridade das redes no Estado de São Paulo. De acordo com o Novo Marco do Saneamento, as taxas de cobertura deverão chegar a 99% da população com água potável e 90% com esgoto coletado e tratado até 2033.
Por sua vez, a desestatização da Sabesp tem por objetivo assegurar a universalização antecipada em quatro anos, já em 2029. A privatização da companhia tem um plano de investimentos obrigatório de R$ 68 bilhões até 2029, para a universalização dos serviços, mas o valor poderá chegar a R$ 260 bilhões até 2060, segundo o governo de São Paulo.
“Penso que isso, possivelmente, vai resolver grande parte dos problemas atuais, porque normalmente a maturação do empreendimento demanda alguns anos”, observa o diretor da Arsesp, referindo-se ao andamento em paralelo de novos loteamentos e o aumento da capilaridade da rede de água e esgoto nos próximos anos.
O ex-secretário estadual de Habitação do Estado de São Paulo e da Capital, e diretor da empresa Consurb, Lair Krähenbühl, à direita nesta foto (ao lado Gustavo Zarif Frayha) afirma que as regras mais claras para investimentos contribuirão para dar ânimo aos empresários do segmento imobiliário, que têm um peso relevante não só nas construções de moradias como também no crescimento das cidades.
Segundo Lair, as empresas paulistas de loteamentos têm feito, em média, 40 mil ligações de água e esgoto por ano, enquanto a Sabesp, maior concessionária do País, realiza 200 mil. “Ou seja, 20% a 25% das ligações de água e esgoto são feitas pelos loteadores. Isso reforça a importância do setor. Os loteadores são vetores do desenvolvimento das cidades”, enfatiza.
Lair Krähenbühl ainda defendeu, no Fórum Estadão Think, a criação de um grupo técnico com representantes de associações do setor imobiliário em conjunto com membros do Governo do Estado para monitorar como funcionará a expansão dos serviços de saneamento após a desestatização da Sabesp.
Aqui está a segunda matéria de Circe Bonatelli, “Empresa de saneamento de Uberlândia é considerada modelo”, a última da série de reproduções do Caderno de Loteamentos Urbanos n.º 3 do “Estadão”. É uma sequência do texto anterior, que também focaliza o saneamento básico:
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é considerado por empresários um modelo de desburocratização e agilidade em investimentos em infraestrutura. “Soltamos, no ano passado, um pacote de R$ 250 milhões de investimento, que para Uberlândia é um valor significativo. Posso afirmar que não temos mais problemas e reclamações com loteadores e incorporadores da cidade”, conta o diretor geral adjunto do DMAE, Guilherme Marques.
Para isso, entretanto, foi necessário ajustar a tarifa média na cidade em 11% em 2022 e 22,5% em 2023. “O DMAE fez grandes investimentos no passado, nas décadas de 1970, 1980, e sustentou por muitos anos, diria até recentemente, uma tarifa insustentável. A tarifa, hoje, está em R$ 2,60. Isso porque nós fizemos uma revisão”, diz Marques, justificando que o aumento foi necessário para atender o crescimento da população e o surgimento de novos bairros.
Uberlândia (foto), com aproximadamente 730 mil habitantes, é a 28.ª mais populosa do País. O município é importante polo agrícola, industrial e comercial.
De acordo com Guilherme Marques, a empresa municipal de saneamento sofria com incapacidade de investimento nos anos anteriores, o que inviabilizava muitos empreendimentos imobiliários e representava uma perda de empregos e impostos para a cidade. “Nós tínhamos uma tarifa insustentável, pilhas de processo de loteamento, empreendimentos parados, não sabíamos o que fazer”, relembra.
Além da recuperação da capacidade de investir, via revisão tarifária, o DMAE passou a oferecer o atendimento escalonado para os novos bairros, o que alivia o seu fluxo de caixa. “Por exemplo: o empreendedor prevê 20 mil a 30 mil pessoas morando no loteamento e demanda um abastecimento de 40 litros por segundo, por exemplo. Se hoje, o nosso sistema dá conta de conceder cerca de 5 a 10 litros por segundo, decidimos liberar e escalonar o atendimento, acompanhando a curva de crescimento dessa região”, explica. A lógica para isso é que a migração de moradores não acontece de uma vez, e sim ao longo dos anos seguintes, o que permite a construção gradual dessa infraestrutura de água e esgoto.
Para o DMAE, a vantagem é conectar mais rapidamente novos clientes à sua rede por meio da rede de esgotamento que o loteador está construindo. “O cara vai fazer a infraestrutura interna no loteamento. Nós vamos fornecer a água e receber por isso, sem gastar nada no primeiro momento. Aí começa a entrar dinheiro para o DMAE”, ressalta. Com isso, a empresa de saneamento ganha fôlego para atender novos projetos e realizar novos investimentos, afirma.
O site do Lote Legal, www.lotelegal.com.br, da campanha da AELO para combater loteamentos clandestinos, está completando dois anos. Foi lançado com o objetivo de orientar os compradores de lotes e também facilitar as denúncias contra os empreendimentos irregulares.
A Cartilha do Comprador de Lote (foto), elaborada pela AELO com a participação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, fica disponível no site, com todas as suas dicas para uma boa compra.
Além de tudo, o site do Lote Legal conta com um Blog, que publica, todas as semanas, alguma novidade sobre a campanha da AELO. Hoje, o destaque é o segundo aniversário do site. As notícias são produzidas pela Assessoria de Comunicação da AELO. Lançada há três anos, essa campanha conta com a parceria de inúmeras instituições e com a adesão de dezenas de prefeituras.
Um ano atrás, o visual da campanha foi aprimorado, assim como a imagem do Beto Legal, graças a um trabalho criativo da agência 6P de Marketing e Propaganda, parceira da AELO.
Os jornalistas Luiz Carlos Ramos e Calão Jorge, responsáveis pelo boletim semanal AELO ON, com apoio da Agência 6P de Propaganda e Marketing, agradecem a todos os leitores que enviaram mensagens de parabéns pela edição n.º 1.000, lançada na semana passada.
Essas demonstrações de aprovação e de carinho nos entusiasmam a continuar lutando pela qualidade do boletim e dos outros canais de comunicação da AELO.
Estamos todos unidos, no trabalho de valorizar notícias sobre a entidade que representa empresas de loteamento de 21 Estados e que segue crescendo, sob o respeito junto do poder público e do mercado consumidor do País.
Na edição n.º 1.000, publicada em 8 de agosto, relatamos a história desse boletim, desde o n.º 1, e destacamos algumas curiosidades.
Agradecemos à Agência 6P por ter produzido um belo material sobre o milésimo boletim. O material foi difundido pelas mídias sociais (foto).
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