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Informativo Periódico

AELO – Boletim Informativo 1.035

Ano 24
Nº 1.035
São Paulo
28/04/2025

AELO e ADU de Goiás reforçam parceria

O presidente da AELO, Caio Portugal; o vice-presidente, Luis Paulo Germanos; o diretor de Assuntos Regionais, Elias Zitune, e o presidente do Conselho Consultivo, Ciro Scopel receberam para reunião-almoço, quinta-feira, 24 de abril, na sede da entidade, uma delegação da parceira Associação de Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO), liderada pelo presidente João Victor Araújo. A AELO, por sinal, conta com a participação de João Victor em seu Conselho Consultivo desde 2023. Além dos dirigentes da entidade goiana, compareceram ao encontro vários membros da Prefeitura de Goiânia.

Importante: O boletim AELO ON, que geralmente circula às quintas-feiras, desta vez está chegando mais cedo aos leitores: numa quarta-feira, diante do fato de amanhã, 1.º de maio, ser feriado nacional, Dia do Trabalho.

Caio Portugal saudou os visitantes e manifestou seu prazer em rever os amigos da ADU-GO, parceiros da AELO em várias missões de sucesso, entre as quais a luta por uma reforma tributária justa. Além de tudo, esse reencontro propiciou uma produtiva troca de ideias.

João Victor, por sua vez, agradeceu à AELO pela acolhida e explicou que a ADU Goiás decidiu fazer essa visita a São Paulo com o objetivo de aprimorar ainda mais a estrutura da entidade em Goiânia, inclusive quanto ao sistema de análise e aprovação de projetos de loteamentos. A atual parceria inclui, desde 2023, a aplicação do projeto Lote Legal de combate a loteamentos clandestinos em Goiás, seguindo o modelo lançado pela AELO em 2021.

A viagem do grupo a São Paulo teve amplos desdobramentos, em especial na missão técnica junto à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo e ao Graprohab, tema da próxima nota deste boletim. 

 

Graprohab explica sistema, em dia de adesão

A sexta-feira, 25 de abril, foi bastante movimentada na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo, num prédio na Rua da Boa Vista, no centro da Capital.

A visita da missão técnica da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO) à Secretaria e ao Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Graprohab), coincidiu com a adesão de mais um município paulista ao Graprohab Integra, sistema lançado no final de 2023. A Prefeitura de Praia Grande, na Baixada Santista, tornou-se a quinta a ser admitida no grupo, em que já estavam os municípios de Campinas, Ribeirão Preto, Franca e São Carlos.

Com a assinatura do termo entre as partes, realizada na sede da Secretaria, órgãos estaduais e municipais poderão acelerar a análise e a aprovação de projetos habitacionais, viabilizando moradias em menos tempo que o habitual. Estiveram presentes o secretário Marcelo Branco; o presidente do Graprohab, Lacir Baldusco, e o prefeito da Praia Grande, Alberto Mourão.

Para aderir ao Graprohab Integra, os municípios devem atender a requisitos específicos, como ter uma população superior a 200 mil habitantes, adotar um sistema descentralizado de aprovação com corpo técnico especializado em análise de projetos habitacionais, possuir um Plano Diretor em vigor e adotar legislação e práticas de análise compatíveis com o Decreto Estadual 66.960/2022, o Manual Graprohab e as notas técnicas emitidas pelo colegiado. Mais informações podem ser encontradas na Nota Técnica GRAPROHAB n.º 02/2023, que aparece no site da Secretaria: https://www.habitacao.sp.gov.br/habitacao

A foto mostra confraternização entre o secretário Marcelo Branco; o presidente do Graprohab, Lacir Baldusco; e a delegação da ADU-Goiás e da Prefeitura de Goiânia. No lado direito, a partir de Lacir Baldusco (de camisa azul), aparecem o secretário Marcelo Branco e o presidente da ADU-Goiás, João Victor Araújo.

A missão da ADU-Goiás em São Paulo contou com a participação de representantes das Secretarias Municipais de Goiânia de Planejamento Urbano e de Gestão e Eficiência, em uma agenda estratégica voltada à modernização dos processos de aprovação e licenciamento de parcelamentos do solo na capital goiana.

Em reunião específica do grupo na sede do Graprohab, João Victor Araújo explicou que a missão reforça o papel de sua entidade como elo entre o setor produtivo e o poder público na busca por soluções que promovam um desenvolvimento urbano mais ágil, eficiente e sustentável.

O presidente Lacir Baldusco recebeu o grupo em seu gabinete e respondeu a todas as perguntas, focalizando o sistema do colegiado e seu aprimoramento nos últimos anos. 

"Nossa intenção foi beber um pouco mais dessa fonte", disse a secretária municipal de Planejamento de Goiânia, Ana Carolina Nunes. "Viemos ver o que está dando certo em São Paulo, em relação a análises e aprovação de projetos, a pedido do prefeito Sandro Mabel, que tem buscado ações para desenvolver ainda mais a cidade de Goiânia".

Atualmente, a capital de Goiás, por meio da secretaria, já desenvolve um trabalho de análise e aprovação, mas não nos moldes do Estado de São Paulo. Ana Carlina explicou: “Aqui, pudemos saber como funciona, quais são os trâmites. Como é que acontece em São Paulo. Hoje, nossa prefeitura trabalha com licenciamento, análise e aprovação, dentro apenas do município, não nesse trabalho colegiado”. 

O secretário municipal de Eficiência de Goiânia, Fernando Peternella, relatou que a morosidade para a aprovação de projetos, que pode levar anos, acaba travando o desenvolvimento da cidade e até mesmo deixando de atrair investimentos: “A gente tem observado que, em São Paulo, tem dado certo. É um trabalho muito sério. Podemos ver, aqui, que a análise e a aprovação saem em poucos meses. Então, podemos reduzir os nossos processos, em breve”.

O secretário Marcelo Branco, por sua vez, destacou a integração entre diferentes entes como um estímulo ao progresso. “Quando temos uma iniciativa que está dando certo aqui, não temos por que não levar essa experiência para Estados e municípios parceiros. Assim como observamos boas práticas para adaptar à nossa realidade. Essa troca gera progresso mútuo e, no fim, quem mais se beneficia é a população, que é melhor atendida”. 

 

CDU prossegue diálogo com a Nova Sabesp

A Nova Sabesp vai levando adiante ações necessárias para confirmar a recente previsão de que, em sua área de atuação – em grande parte do Estado de São Paulo –, a universalização das redes de água e da coleta de esgoto será antecipada de 2033 para 2029.

O Novo Contrato de Concessão e Oportunidades da Sabesp, apresentado à AELO, ao Secovi-SP e ao SindusCon-SP pelo superintendente de Relações Contratuais e Institucionais da companhia, Meunim Rodrigues Oliveira Júnior, em evento conjunto das três entidades, em 30 de janeiro, no Milenium Centro de Convenções, recebeu elogios de dirigentes do setor imobiliário, que, entretanto, ficaram de acompanhar os avanços da empresa em relação às previsões. 

No evento de janeiro, a mesa dos debates (foto de Calão Jorge) teve sete participantes. Meunim Rodrigues Oliveira Júnior, da Sabesp, ficou no centro, ao lado do presidente executivo CEO do Secovi-SP, Ely Wertheim. À esquerda de Ely, sentaram-se os presidentes do SindusCon-SP, Yorki Estefan; da AELO, Caio Portugal, e do Graprohab, Lacir Ferreira Baldusco. Á direita de Meunim, surge Daniela Ferrari, vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP e membro do Secovi-SP, seguida do diretor de Saneamento Básico da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Gustavo Zarif Frayha.

O presidente da AELO, Caio Portugal, também vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, voltou ao tema, dois meses depois, no Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), do qual é coordenador. Na reunião de 27 de março, ele apresentou aos membros do CDU um completo relato da troca de informações entre a Sabesp e o nosso setor, algo muito útil para os que não estiveram no evento de janeiro. E explicou que as reuniões prosseguem, tanto com a Sabesp quanto com a Arsesp.

Recordando: o Marco Legal do Saneamento Básico do Brasil, da Lei n.º 14.026/2020, sancionada pela Presidência da República em 15 de julho de 2020, atualizou a Política Federal de Saneamento Básico, instituída em 2007 por meio da Lei n.º 11.445.  São estes os objetos básicos do Marco Legal: universalizar o acesso à água potável para 99% da população brasileira até 2033. Universalizar o acesso à coleta e tratamento de esgoto para 90% da população até 2033. Entre outras ações, obrigatoriedade de metas de desempenho e universalização nos contratos de prestação de serviços. 

Cinco anos atrás, Caio Portugal destacou a importância do Marco Legal por meio de um artigo publicado no AELO ON e na Coluna do Secovi-SP no jornal “Estadão”, explicando que a nova lei, impondo a universalização, surgiu como tentativa de resgate de uma dívida à população brasileira de baixa renda, carente de saneamento adequado.

Caio também considerou positiva, no ano passado, a concretização do projeto prioritário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas: a privatização da Sabesp. 

Os leitores habituais deste boletim sabem que, nos últimos anos, o CDU, por meio de um grupo de trabalho coordenado pela arquiteta Ruth Portugal, já vinha tentando aprimorar as relações das entidades com a Sabesp, buscando o aprimoramento dos serviços da companhia. A privatização, na visão de Caio, ampliou as perspectivas para a solução de antigos problemas nos municípios atendidos pela Sabesp.

O apoio à privatização, porém, não é uma unanimidade. As críticas às decisões do governador Tarcísio são geradas principalmente por grupos de esquerda e por sindicalistas, favoráveis à estatização de serviços públicos, em que prevalecem os cabides de empregos. Um exemplo dessa oposição está num texto produzido por um engenheiro que atua na Sabesp há décadas. O texto foi distribuído, em meados de abril, a vários jornais e sites do Interior paulista, inclusive em Franca, sob o título “A Regulação do Saneamento”. 

As primeiras frases do artigo já caracterizam o estilo daquilo que aparece no conjunto: “O Saneamento Paulista é um monopólio natural e sua maior empresa, a Sabesp, teve seu controle entregue a um grupo privado em processo de repleto de questionamentos. A essência de um monopólio natural implica a ausência de concorrência devido a fatores como altos custos fixos e economias de escala, tornando mais eficiente que um único fornecedor atenda todo o mercado. A privatização deste monopólio natural piora irremediavelmente o cenário social e ambiental”.

Felizmente, esse tipo de argumento é rechaçado não só pelo governo paulista como também por conceituados especialistas em economia e em saneamento, além de boa parte da imprensa do País. As três entidades imobiliárias que compõem o CDU – AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP – reforçam essa posição de apoio à privatização, embora se mantenham em vigília para acompanhar os passos na nova Sabesp.

Convém relembrar que, por ocasião do evento de janeiro, a AELO, o Secovi-SP e o SindusCon-SP assinaram com a Sabesp o compromisso de trabalhar conjuntamente para desenvolver e aprimorar ferramentas de sustentabilidade, especialmente no tocante à Calculadora de Pegada Hídrica. A ferramenta, a ser desenvolvida pelo Comitê de Meio Ambiente (Comasp) do SindusCon-SP, neste ano, para disponibilização no início de 2026, possibilitará às construtoras, loteadoras e incorporadoras a medição do consumo de água na construção. A arquiteta Ruth Portugal, do Conselho Fiscal da AELO e coordenadora de grupos de trabalho do CDU, participou do evento de janeiro e está acompanhando os novos passos.

 

Relembrando as explicações da Sabesp

Ao microfone (foto) e usando gráficos, Meunim Rodrigues Oliveira Júnior informou aos participantes do evento de 30 de janeiro que a Sabesp fará um censo rural, paralelamente ao aperfeiçoamento nos contratos, além de buscar antecipar o alcance das metas de universalização em quatro anos, para dezembro de 2029. O Marco, sancionado em 2020, prevê a universalização dos serviços para 2033. Para levar adiante essa antecipação, a concessionária pretende dar ênfase ao planejamento e ao relacionamento.

Além disso, Meunim relembrou que o Estado de São Paulo possui 645 municípios, dos quais a Sabesp atua em 371 – acima da metade. Segundo ele, os serviços serão ampliados para toda a extensão da área de cada município servido pela companhia: “Nesses municípios, o serviço se restringe à zona urbana. Nosso objetivo é que o serviço chegue também à zona rural, atingindo todo o território de cada município, beneficiando novos projetos imobiliários. Como a Sabesp nunca atuou na zona rural, estamos levantando as informações sobre o que deve ser feito”. 

 

A posição das três entidades parceiras

AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP, entidades com expressivo histórico de parcerias, deixaram claro, no evento de 30 janeiro, o posicionamento e as ambições do setor. 

As boas-vindas aos participantes do encontro foram dadas pelo presidente executivo CEO do Secovi-SP, Ely Wertheim, que destacou a importância de uma troca de ideias entre representantes de três grandes entidades do setor imobiliário e a Sabesp, em busca da evolução dos serviços da empresa por um saneamento básico de qualidade, capaz de atender também os novos projetos de habitação. Ao final do evento, Ely afirmou estar satisfeito com as informações apresentadas pela Sabesp.

Por sua vez, Caio Portugal, presidente da AELO, explicou: “Inicialmente, houve a capitalização. Agora, é hora de serem assumidas importantes iniciativas”. E lançou esta pergunta: “Se não ficar tudo muito bem acertado, o que vai sobrar?” A resposta, com uma só palavra: “Clandestinidade!” E quem paga a conta? “A sociedade”, afirmou o dirigente. “O setor precisa de previsibilidade, algo do qual a Sabesp precisa para atingir, afinal, a universalidade dos serviços de água e esgoto prevista pelo Marco de 2020”.

Caio Portugal – nesta foto, entre os presidentes do Graprohab, Lacir Baldusco, e do SindusCon-SP, Yorki Estefan – alertou sobre a importância de a Sabesp e a Arsesp orientarem para onde se dará a expansão da ocupação urbana, “com uma corresponsabilização bem definida dos custos entre a concessionária e os empreendedores privados”. Ele expressou também a necessidade de rígido cumprimento dos prazos regulamentares, para o atendimento das metas de universalização previstas no Marco Legal do Saneamento. E solicitou à Sabesp que mantenha interlocutores bem definidos junto aos empreendedores, para cada um dos serviços prestados.

O presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, explicou que sua entidade tem longa tradição de interlocução com a Sabesp e com a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp): “Essa interlocução vem proporcionando bons resultados, como a introdução de um segundo cavalete para as obras, evitando a circulação de caminhões-pipa pelas cidades. Com a Sabesp sob nova gestão, temos agora a oportunidade de aprofundar nosso diálogo. E tenho certeza de que iremos avançar, pois vemos a Sabesp como uma importante parceira da indústria da construção”.

A presença de dois experientes dirigentes da AELO e do Secovi-SP na plateia do evento de janeiro contribuiu para valorizar os debates. Ambos dispensam apresentação ao público acostumado a acompanhar as notícias no AELO ON: Lair Krähenbühl e Claudio Bernardes. Por terem exercido importantes cargos nessas entidades imobiliárias e no setor público, eles dialogaram com os debatedores e apresentaram ótimas ideias. Os dois estiveram também no CDU de 27 de março.

 

Dados estratégicos impulsionam decisões

O uso de informações precisas e confiáveis tem se consolidado como elemento fundamental para a sustentabilidade e a eficiência do mercado imobiliário do Brasil. Essa conclusão foi reforçada, em 10 de abril, no painel “Mercado Imobiliário: Pesquisas e indicadores para melhor tomada de decisões”. O debate ocorreu no 100.º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em São Paulo, o maior evento sobre o setor no País, sob a organização da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), à qual a AELO é filiada.

O painel reuniu especialistas com ampla experiência em análise de mercado, que reforçaram a importância do uso de dados na redução de riscos e na elaboração de estratégias assertivas para o setor.

A foto mostra os quatro painelistas. Da esquerda para a direita, Eduardo Aroeira, Celso Petrucci, Marcos Kathalian e Cyro Naufel Filho.

O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, bastante conhecido pelos leitores habituais do AELO ON, foi o mediador do debate, que  apresentou ao público do ENIC um panorama sobre a evolução das pesquisas no setor e os principais indicadores econômicos e setoriais, além das projeções de comportamento do consumidor. 

“O nosso mercado é complexo e trabalha com ciclos longos. É preciso ter dados concretos para tomar decisões seguras”, afirmou Celso Petrucci, experiente especialista em pesquisas: “Em 2016, mapeávamos cerca de 200 mil unidades nas principais cidades do Brasil. Hoje, esse número dobrou e alcançamos 400 mil unidades. Essa transformação só foi possível porque passamos a monitorar melhor o mercado”.

Petrucci também ressaltou a importância de os dados disponíveis serem sistematizados. E citou o exemplo do anuário produzido pelo Secovi-SP, sob sua coordenação: “Neste ano, lançamos a 10.ª edição do nosso anuário com mais de 270 páginas. Hoje, com o avanço da tecnologia, o anuário é acessado via QR Code”. 

Quem acessa as 270 páginas costuma ler tudo? “Não”, diz Petrucci. “Poucos leem tudo, mas quem lê reduz a margem de erro nas decisões. Como sempre afirma Eli Horn, fundador da Cyrela, ‘em dez empreendimentos, ninguém acerta os dez’. É um mercado desafiador e a informação é o principal aliado”.

Na sequência do painel, Marcos Kathalian, sócio fundador da Brain Inteligência Estratégica – empresa parceira da AELO e do Secovi-SP nas pesquisas trimestrais sobre o mercado de loteamentos no Estado de São Paulo e no Brasil –, apresentou a estrutura dos indicadores utilizados para a tomada de decisão no setor. 

De acordo com Kathalian, os dados ajudam a reduzir riscos, embora não os eliminem completamente. “Trabalhamos com quatro grandes blocos”, afirmou. “Eles são indicadores macroeconômicos, setoriais, antecedentes e de negócio. O mais importante deles, hoje, é a intenção de compra. Nossa pesquisa mostra que 44% das pessoas têm intenção de adquirir um imóvel. Isso se explica porque temos uma massa salarial crescente e taxa de desemprego em baixa”.

Kathalian comentou que, mesmo com uma queda de 7% nos lançamentos em comparação com 2023, as vendas seguem em alta, de acordo com as pesquisas da Brain: “O mercado está aquecido, o setor é sólido, e estamos fazendo famílias felizes ao entregar aquilo que é mais importante para elas: o lar”.

Por sua vez, Cyro Naufel Filho, diretor técnico e de relações com investidores da Lopes Brasil S.A., reforçou o fato de haver uma relação direta entre informação de qualidade e assertividade nas decisões. “Não manipulamos dados”, disse Naufel. “Utilizamos bases confiáveis como as do Secovi-SP e da Brain, porque não há como tomar decisões por conta do achismo. Nossas orientações aos incorporadores precisam ser solidamente embasadas”.

Naufel relatou que a Lopes conta com a maior base de dados do mercado imobiliário nacional, verdadeiro “data lake” com informações sobre quem comprou, o que comprou, onde comprou, de quem comprou e por quanto comprou: “Esses dados são fundamentais para orientar o desenvolvimento de novos produtos e aperfeiçoar a esteira de vendas. A segmentação das informações é o que nos permite ser, a cada dia, mais eficientes”.

Encerrando o painel, o vice-presidente Financeiro da CBIC, Eduardo Aroeira, comentou o papel estratégico dos dados no enfrentamento de cenários críticos, como o da pandemia de covid-19 (2020-2022): “Naquele momento de insegurança total, realizamos sondagens para entender como o mercado estava se comportando. Foi isso que nos deu segurança para formatar novos produtos, mesmo diante de um cenário completamente desconhecido”.

Aroeira ressaltou que a cultura da informação se tornou indispensável. “Depois que você se acostuma a trabalhar com dados reais, não consegue mais atuar sem eles”, disse. “Continuamos realizando pesquisas até hoje, porque elas nos ajudam a melhorar a gestão, apoiar os trabalhadores e entregar bons produtos aos nossos clientes”.

Com olhares atentos ao presente e ao futuro, os painelistas reafirmaram que o mercado imobiliário está em evolução, e que os dados – em especial os bem interpretados – são a base para decisões mais seguras, sustentáveis e alinhadas às reais necessidades da sociedade.

“Construir com respeito é construir para todos”, ponderou o presidente da CBIC, Renato Correia: “No ENIC 100, reforçamos o compromisso com a qualidade”.

 

AELO e CBIC, uma parceria vencedora

É importante que os associados da AELO saibam que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com sede em Brasília, desempenha um papel crucial no desenvolvimento do setor da construção no Brasil.

Com 68 anos de atuação, a CBIC é a principal representante e porta-voz da indústria da construção e do mercado imobiliário no País. É composta por 9 comissões técnicas e promove ações estratégicas em diversas áreas, como sustentabilidade, inovação, qualificação profissional e políticas públicas. Além disso, a CBIC representa 98 entidades associadas patronais, que atuam nos 26 Estados e no Distrito Federal, entre as quais a AELO, englobando mais de 10 mil empresas de todos os portes e segmentos do setor.

O 100.º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em São Paulo, de 8 a 11 de abril, sob a coordenação da CBIC, foi um sucesso. Os participantes puderam ter uma noção sobre a grandiosidade do setor e as perspectivas de evolução nos próximos anos.

O presidente da AELO, Caio Portugal, atesta a importância da CBIC no cenário empresarial e político, lembrando um recente embate do nosso setor: a luta para que o projeto governamental de reforma tributária, em 2024, viesse a ser alterado pela Câmara de Deputados e pelo Senado, evitando reajuste absurdo da carga de tributos. “Sob a liderança do presidente da CBIC, Renato Correia; participamos, ao lado do presidente executivo CEO do Secovi-SP, Ely Wertheim, e de dirigentes de outras entidades, participamos de inúmeras reuniões com deputados, senadores e membros do governo federal, e pudemos evitar o pior”.

Renato Correia, que é de Goiás, viajou para São Paulo várias vezes para participar de reuniões do grupo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o secretário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Ele esteve também na Convenção Secovi de 2024, em agosto.

Esta foto foi tirada em 17 de agosto de 2023, na posse da Diretoria e dos os membros dos Conselhos Consultivo, Fiscal e de Administração da CBIC para o triênio 2023-2026, em Brasília. Na ocasião, Renato Correia assumiu a presidência da entidade, como sucessor de José Carlos Martins, cuja produtiva gestão durou nove anos. Renato aparece no centro da foto, ao lado do presidente da AELO, Caio Portugal. À direita, o ministro da Casa Civil, Rui Costa. À esquerda, Pedro Krähenbühl, representante da AELO e do Secovi-SP junto aos três Poderes, na Capital Federal.

Renato Correia e o presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO), João Victor Araújo, colaboraram para garantir a presença do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos no Senado, no Fórum Nacional de Desenvolvimento Urbano, em 24 de junho de 2024, uma parceria entre a AELO e o “Estadão”, em São Paulo. Vanderlan, senador atuante na tramitação da reforma tributária e ex-prefeito de Senador Canedo, em Goiás, teve papel expressivo para o sucesso do evento.

 

Regional de Chapecó visita a sede da AELO

Juliana Stachinski, delegada Regional da AELO em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, desde o final de 2024, esteve em São Paulo na semana passada. E sua foto ilustra esta nota da edição do AELO ON. Ela visitou a sede da AELO, onde havia estado em dezembro de 2024, quando de sua presença na reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU).

Desta vez, Juliana acompanhou evento presencial da nossa parceira ADIT Brasil no Milenium Centro de Convenções. Para ela, foi ótimo acompanhar o Curso Presencial da ADIT Academy sobre “Estruturação, tutoria urbana, padrões urbanísticos, comunidade e governança”, que teve a duração de dois dias.

Na primeira etapa, em 23 de abril, houve duas aulas: a professora Mariangela Machado, coordenadora de cursos de loteamentos da Universidade Secovi, gestora da AELO, membro do Conselho da ADIT Brasil e diretora da Focus Desenvolvimento Urbano e Gestão, discorreu sobre “Associação como ativo de valor para projetos Imobiliários”. Em seguida, coube a Murilo Nascimento, da VIP Engenharia, falar sobre o papel das empresas de qualidade.

Na segunda etapa, em 24 de abril, as atrações foram os experientes Eduardo Eichenberger, da Global Governance, e Paulo Velzi, engenheiro civil, um dos responsáveis pela implantação do premiado bairro planejado Riviera de São Lourenço, em Bertioga, Litoral de São Paulo.

Juliana elogiou a Mariangela Machado pela qualidade de sua aula. Após o evento da ADIT, fez questão de aparecer numa foto ao lado da professora. As duas posaram diante da entrada do Milenium Centro de Convenções, onde ficam as sedes da AELO, do Secovi-SP e de várias outras entidades do setor imobiliário.

 

Cantor Leonardo nega agir como clandestino

Leonardo, um dos mais conhecidos cantores sertanejos, passou a ser personagem numa área da imprensa não muito artística.  No Estado de Mato Grosso, ele é alvo de ações judiciais, ao lado do “amigo” empresário Aguinaldo José Anacleto.

Aguinaldo é dono da empresa AGX Smart Life. E Leonardo passou a ser suspeito de cúmplice de ilegalidades, ao fazer propaganda de empreendimento imobiliário lançado no município de Querência (MT). Os lotes são irregulares. O cantor, no entanto, nega ser sócio do empresário acusado.

Os processos na Justiça do Mato Grosso foram impetrados por compradores de lotes em Querência, município de cerca de 30 mil habitantes, entre o Parque do Xingu e a Ilha do Bananal (que fica no Rio Araguaia), a 950 quilômetros de Cuiabá.

As primeiras notícias sobre o caso foram publicadas, em março, pela imprensa de Mato Grosso. Em seguida, o jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro, destacou: “Cantor Leonardo vira alvo de processos por suposta venda irregular de terrenos de R$ 48 milhões em Mato Grosso”.

O artista, além de ser garoto-propaganda em vídeos e cartazes sobre os lotes residenciais da empresa, esteve pessoalmente em Querência participar dos lançamentos, dando a entender, para a população local, que também seria investidor e parceiro dos empreendimentos.

No entanto, no chamado Munique Smart Life, que é dividido em três etapas (Munique I, II e III), com cerca de 800 lotes, as obras estão paralisadas. A documentação é irregular, sem a devida quitação da gleba. Assim, a empresa é alvo de ação de reintegração de posse por parte dos antigos donos.

Apesar de tudo isso, centenas de lotes foram vendidos para moradores da região. Os compradores, sentindo-se lesados e sem perspectiva de terem o tão sonhado lote em mãos, começaram a protocolar ações na Justiça contra o empreendimento, o empresário Aguinaldo José Anacleto e o cantor Leonardo.

Em vídeo de divulgação do residencial Munique, publicado pela AGX nas redes sociais, que prometia entregar “o primeiro projeto de bairro cidade inteligente da região”, é dito: “Em parceria com o cantor Leonardo”.

A imagem do artista foi utilizada não só em vídeos, mas também em outdoors (foto), a exemplo de um que chegou a ser instalado diante do loteamento Munique. Para os compradores de Querência, município em que predomina a agropecuária, a chancela do cantor sertanejo foi fundamental para que acreditassem na credibilidade do negócio.

Numa das ações judiciais contra o cantor, na parte em que se discorre sobre a responsabilidade dele na suspeita de fraude, o advogado de um casal que adquiriu lotes no empreendimento e que agora busca a rescisão do contrato e devolução do dinheiro, aponta o seguinte: “É imperioso destacar que, no presente caso, a parte ré, um artista de notório reconhecimento de nome Emival Eterno Costa, mais conhecido pelo nome artístico Leonardo, atuou de maneira deliberada e fraudulenta, simulando ser sócio do empreendimento imobiliário em questão”.

E continua: “Foram impressos diversos materiais em nome do cantor Leonardo, diversos

vídeos e reportagens falando que ele iria dar início em mais um empreendimento/investimento, outdoors e até mesmo um stand de vendas com o nome “Talismã”, nome esse utilizado pelo artista em diversos empreendimentos e até mesmo em sua fazenda que é de conhecimento notório em todo o país devido a sua fama”.

 

Dia do Trabalho. De todas as profissões!

Amanhã, 1.º de maio, Dia do Trabalho, é feriado no Brasil e na maioria dos países. É Dia do Trabalhador de todas as profissões. Para a consolidação de um loteamento como o desta foto, por exemplo, é fundamental o trabalho de um bom projetista ou arquiteto. 

A partir do projeto, que ganha apoio de desenhistas e de advogados, o loteamento passa ser implantado na gleba garantida pelo empreendedor. Então, entram em cena os engenheiros que demarcarão as ruas e os lotes. Em seguida, começam os trabalhos de campo, com os profissionais que manejam tratores e motoniveladoras. Cabe aos pedreiros atuar na área com seus equipamentos: enxadas, pás, picaretas. O loteamento vai ganhando forma. Há também os especialistas em pavimentação das ruas e em preparação das guias e sarjetas. As empresas mantêm, em suas sedes, pessoal do administrativo e do financeiro. 

Claro, um bom loteamento precisa de áreas verdes, empregos garantidos para paisagistas e jardineiros. Uma vez concluídas essas etapas, é hora de comercializar os lotes. Isso é com especialistas em estratégia comercial e com os corretores registrados. 

Toda essa gente é homenageada hoje pela AELO, por conta do Dia do Trabalho. Mas não falta alguém? Sim, falta! Falta mencionar alguém, sem o qual não sai loteamento algum: o empreendedor! Seja de terno e gravata ou seja em manga de camisa, o empreendedor é um herói silencioso, que banca o loteamento diante de inúmeros desafios e que garante emprego para inúmeros trabalhadores.

Nos últimos tempos, no Brasil, a partir de demagogia imposta por políticos populistas, que costumam ressaltar como autênticos trabalhadores apenas os de trabalho braçal, tanto em fábricas, quanto em lavouras e na construção civil, são deixados de lado os de outras profissões, igualmente valiosos para a evolução do País. É gente que faz do trabalho um modo de sobreviver e de sustentar suas famílias e que, de certo modo, tem um papel decisivo para a comunidade e para a máquina pública.

Neste Dia do Trabalho, como deixar de lado, igualmente, homens e mulheres que atuam como médicos, enfermeiros, advogados, gestores, professores, psicólogos, bancários, motoristas, aviadores, policiais, vigias, funcionários públicos, atletas profissionais, balconistas do comércio, trabalhadores em restaurantes, bares e hotéis, publicitários, jornalistas, atores e demais profissionais de TV? Dia do Trabalho é o dia de todos. A todos, a nossa homenagem.

Amanhã, 1.º de maio, a AELO estará fechada, assim como na sexta-feira, sábado e domingo. O expediente é normal, hoje, até as 17 horas, e será retomado na segunda-feira, dia 5.

O AELO ON, que normalmente circula às quintas-feiras, desta vez está chegando ao público na quarta-feira, desejando boa leitura e bom fim de semana prolongado.

 

AELO: (11) 3289-1788        www.aelo.com.br

 

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