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A AELO combate de forma ampla e rigorosa os chamados loteadores clandestinos.
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A AELO completou 44 anos na segunda-feira, 24 de fevereiro. O presidente Caio Portugal agradece pelas inúmeras mensagens de congratulações que chegaram à nossa sede nos últimos dias. Esse apoio é, sem dúvida, importante para a entidade.
Nesta edição, o AELO ON informa que a sede da AELO estará fechada nos quatro primeiros dias de março: tempos de Carnaval. O expediente será normal hoje e amanhã. Em seguida, começa o recesso, que termina na quarta-feira, 5 de março. De modo excepcional, nosso próximo boletim, o AELO ON n.º 1.027, vai circular numa sexta-feira, dia 7 de março, e não na quinta-feira.
É publicado hoje o último capítulo da série sobre a história da entidade, resultado de um trabalho conjunto da Assessoria de Comunicação da AELO com a Agência 6P de Marketing e Propaganda.
A AELO tem multiplicado, nos últimos anos, o número de empresas associadas no Estado de São Paulo. Ao mesmo tempo, espalhou-se pelo País, consolidando-se como entidade de âmbito nacional. Já está presente em 21 Estados. O primeiro foi Mato Grosso do Sul, no final dos anos 1980, com filiação da empresa Financial Imobiliária, de Campo Grande.
As mais recentes adesões: em 2022, chegaram empresas de Alagmoas e Sergipe; em 2023, vieram mais dois Estados, Roraima, no extremo Norte do País, e Rio Grande do Sul, na outra ponta do território. Agora são 21 bandeiras estaduais em torno da logomarca da AELO, que se tornou verde e amarela em 2018.
Os leitores habituais do AELO ON estão lembrados de como 2024 foi um ano movimentado na AELO, culminando com a divulgação do Perfil Econômico do Setor de Loteamento e Desenvolvimento Urbano no Brasil, resultado da pesquisa feita pela Ecconit Consultoria Econômica em parceria com nossa entidade. As conclusões da pesquisa foram apresentadas no inédito Fórum Nacional sobre Loteamentos, organizado pelo jornal “Estadão” com apoio da AELO, em 24 de junho, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo. O Fórum serviu de base para o Caderno de Loteamentos n.º 3 do “Estadão”, que circulou em julho.
Além disso, a AELO, por meio do presidente Caio Portugal, integrou a parceria das entidades do setor imobiliário e da construção na constante luta junto ao poder público para que o Brasil tenha uma reforma tributária justa, sem sobrecarga de impostos na habitação. Junto ao Congresso Nacional e ao governo federal, em Brasília, essa união de forças trouxe resultados positivos, mas a luta continua, tanto no campo tributário quanto no das leis que regem a atividade de parcelamento do solo.
A AELO permanece atenta e atuante. Está no seu DNA, desde os dirigentes pioneiros, conforme explicou Caio Portugal no primeiro capítulo desta série, na edição n.º 1.023 do AELO ON, em 6 de fevereiro. Defender os interesses dos associados, sempre. E relembrar que nosso setor dá uma importante contribuição para que o Brasil, a cada ano, melhore as suas cidades. Combater os loteamentos clandestinos é fundamental.
Aqui estão os 11 destaques do último capítulo de comemoração aos 44 anos da AELO. A ilustração é a Cartilha do Comprador de Lote, que faz parte da campanha Lote Legal, lançada há quatro anos.
1 – No final de década de 1990, a AELO passou a ter o serviço Disque-Denúncia, pelo qual a entidade disponibilizava um número de telefone a ser acionado por pessoas que se deparavam com loteamentos clandestinos. Em 2021, ocorreu uma ampla renovação. Após prolongados estudos, a Diretoria da AELO idealizou a campanha Lote Legal e logo conquistou importantes adesões no governo paulista, além da parceria com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP). A Cartilha do Comprador de Lote, inserida na campanha e no site www.lotelegal.com.br, age em defesa do consumidor e tem sido adotada em vários Estados.
2 – O primeiro município a aderir ao Lote Legal foi o de Campinas, o terceiro mais populoso de São Paulo (2022). As adesões se multiplicaram.
3 – A AELO, como entidade de âmbito nacional, completou 21 Estados em 2023 ao receber um associado do Rio Grande do Sul e um de Roraima.
4 – O Graprohab, criado em 1991, modernizou-se nos últimos anos, sob a gestão do presidente Lacir Baldusco, que, entre outras iniciativas, lançou o Graprohab Integra no fim de 2023 e o Licenciamento 100% Digital, no início de 2024.
5 – Desde 2021, o experiente engenheiro civil Jonas Mattos é representante da AELO e do Secovi-SP nas reuniões do Graprohab e orienta empreendedores nos encontros do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU). O primeiro de 2025 está programado para 27 de março. Jonas faz questão de mencionar: “Foi com o saudoso professor Vicente C. Amadei, que, em 1991, tudo começou – o Graprohab e os cursos de loteamento”.
6 – A CETESB também vem agilizando a tramitação de projetos. Sob a liderança do diretor Adriano Queiroz, lançou o Formulário 100% Digital, fruto de diálogos com a AELO.
7 – O trabalho institucional da AELO, assegurado pela democracia, junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, vem garantindo vitórias.
8 – No decorrer de 2024, o presidente da AELO, Caio Portugal, participou de reuniões em Brasília e em São Paulo, em defesa de uma reforma tributária justa.
9 – A reforma tributária foi sancionada pelo presidente da República em janeiro de 2025, após vitórias das entidades imobiliárias no Congresso Nacional.
10 – O projeto do governo federal para a reforma tributária estabelecia aumento de impostos ao setor imobiliário. A AELO e as demais entidades reagiram.
11 – Caio Portugal mencionou, num texto publicado pelo AELO ON, em janeiro deste ano, o valor da união das entidades. E agradeceu aos dirigentes e parlamentares que contribuíram para aprimorar o projeto, sob a liderança da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O papel do advogado Pedro Krähenbühl, representante da AELO e do Secovi-SP em Brasília, foi igualmente destacado por Caio.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), à qual a AELO é filiada, concluiu que o setor imobiliário fechou 2024 com resultados positivos, impulsionados pelo aquecimento do mercado de trabalho e o esforço do setor em fomentar o mercado habitacional.
Na entrevista coletiva on-line à imprensa (foto), em 17 de fevereiro, a partir do presidente da CBIC, Renato Correia, em Brasília, foram apresentados os Indicadores Imobiliários Nacionais do quarto trimestre de 2024. Ely Wertheim e Celso Petrucci falaram diretamente de São Paulo. s Kahtalian, da Brain, por sua vez, participou do encontro a partir da sede da empresa, em Curitiba.
O evento foi conduzido pela CBIC, em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Na ocasião, especialistas apontaram fatores que contribuíram para o desempenho do setor e discutiram perspectivas para 2025.
O presidente da CBIC, Renato Correia, destacou a estabilidade nas taxas do programa Minha Casa Minha Vida e a forte presença desse segmento no mercado de lançamentos. “As taxas permanecem as mesmas e metade do mercado de lançamento, 44% de venda, não deve sofrer alteração. Com o aumento da taxa de juros, que já ocorreu, pode haver uma leve desaceleração na velocidade do repasse, mas o impacto sobre distratos não deve ser significativo. Também não estou esperando nenhuma surpresa”, disse Correia.
Outro ponto focalizado na entrevista coletiva foi o impacto do cenário econômico sobre o comportamento dos compradores. s Kahtalian, sócio da Brain Inteligência Estratégica, ressaltou que a taxa de desemprego no País em 2024 foi a menor desde 2012, encerrando o ano em 6,2% no último trimestre e com uma média anual de 6,6%: “O mercado de trabalho aquecido e o ganho real salarial estimularam as compras. A mediana do trabalhador brasileiro é 40 anos, a fase clássica de formação familiar, o que impulsiona a busca por imóveis. Além disso, o juro acessível no SBPE e a oferta qualificada no mercado fortaleceram os resultados do setor”.
Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e consultor da CBIC, abordou a questão dos distratos e ressaltou que não há sinais de aumento nesse indicador. “Durante todo o ano de 2024, tivemos uma queda no indicador de distratos”, disse Petrucci. Os bancos não registraram casos de planos de empresários que deixaram de ser quitados devido à falta de repasse das vendas. O porcentual médio de financiamento no SBPE está em 65%, o que significa que há espaço para aumentar esse índice. É verdade que quem comprou imóvel com juros de 10% e agora enfrenta uma taxa de 12% pode ter que fazer um esforço maior, mas isso não deve resultar em uma onda de distratos”.
Petrucci também destacou que o orçamento do Fundo de Garantia para 2026 está no limite, com R$ 130 bilhões já comprometidos. Diferente do ano passado, quando o orçamento original era de R$ 86 bilhões e foi ampliado, não há expectativa de novos aumentos. A limitação no orçamento pode influenciar o volume de financiamentos imobiliários, especialmente para imóveis usados, mas acredita-se que o setor encontrará alternativas para manter o crescimento.
Quanto ao financiamento imobiliário, Celso Petrucci observou que os bancos estão priorizando a concessão de crédito para os próprios clientes e para os planos empresariais em andamento: “Os bancos têm recursos limitados e, naturalmente, vão priorizar o financiamento dos planos empresários que já estão na reta final da construção em 2025”.
O presidente da CBIC, Renato Correia, complementou essa análise ao destacar que os bancos estão redirecionando recursos. “Em vez de ofertar crédito PJ via SBPE, os bancos estão priorizando a pessoa física e oferecendo crédito PJ por meio de recursos captados no mercado, que são mais caros”.
A possível priorização das grandes empresas em relação às pequenas e médias também foi debatida. Correia refutou essa hipótese e citou o exemplo da Caixa Econômica Federal, que estabeleceu regras para atender empresas de diversos portes: “A Caixa fez um regramento de utilização do SBPE para 150 empresas com faturamento de até R$ 150 bilhões e um PJ de R$ 20 milhões. Isso mostra que está abastecendo as pequenas e médias empresas. O que pode ocorrer é uma seletividade maior para projetos de média e alta renda, mas não vejo privilégio empresarial explícito”.
Ely Werthein, vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC e presidente executivo CEO do Secovi-SP, que é focalizado especificamente na próxima nota deste AELO ON, ressaltou que o aumento do custo do crédito afeta todas as empresas, independentemente do porte.
Embora o crédito fora da poupança tenha ficado mais caro, a diferença de fluxo de caixa entre o financiamento tradicional e o custo do empreendimento ainda é administrável. “O aumento do custo do crédito afeta todas as empresas, mas não vejo uma crise iminente”, afirmou Ely Wertheim. “O nível técnico das empresas médias é elevado e os bancos financiam essas companhias há décadas. O impacto do aumento do custo do crédito existe, mas é suportável”.
O setor imobiliário brasileiro projeta um crescimento moderado para 2025, segundo Ely Wertheim (foto), vice-presidente da área de Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e também presidente executivo CEO do Secovi-SP.
A expectativa é de um aumento de 5% nas vendas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e de 1% a 2% para os demais segmentos do mercado.
No entanto, Ely Wertheim explica que a evolução do déficit fiscal do governo federal e seus impactos na taxa de juros e no ambiente econômico gera preocupação entre os agentes do setor.
Entre os principais desafios para o próximo ano, a regulamentação da reforma tributária sancionada em janeiro de 2025 se destaca como uma prioridade. Segundo o vice-presidente da CII/CBIC, a complexidade das novas regras impõe um grande esforço do setor para adaptação e cumprimento das exigências. “O trabalho para entender e operacionalizar as mudanças tributárias será imenso, e o impacto para as empresas do mercado imobiliário ainda precisa ser avaliado com precisão”, destacou Ely Wertheim.
Outro ponto de atenção para o setor em 2025 é a escassez e o aumento do custo do funding imobiliário. A dificuldade de acesso a recursos financeiros se apresenta como um problema sério para as empresas, comprometendo investimentos e novos empreendimentos. Ely Wertheim afirma que a Comissão de Indústria Imobiliária da CBIC pretende atuar de forma assertiva para buscar soluções que minimizem esse obstáculo e garantam a estabilidade do mercado.
Diante desse cenário, o setor imobiliário inicia o ano com cautela, mas também com foco em ações estratégicas que possibilitem manter a atividade e o crescimento sustentável do mercado.
Na reunião do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), realizada em 12 de fevereiro, em Brasília, o economista Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, destacou que a conjuntura econômica atual impõe desafios significativos para diversos setores do país, entre eles o da construção civil, agravados por incertezas no cenário internacional e entraves fiscais no Brasil. Nesta foto da reunião, Loyola aparece à esquerda, ao lado do presidente da CBIC, Renato Correia.
Gustavo Loyola destacou que a política econômica dos Estados Unidos e os riscos fiscais do governo norte-americano devem manter os juros internacionais em patamares elevados. “O que estamos vendo é um dólar estruturalmente mais forte e taxas de juros globais mais altas, o que impacta diretamente o Brasil”, afirmou o economista. Ele explicou que um real desvalorizado encarece insumos dolarizados, como aço e alumínio, afetando diretamente a construção civil.
O economista também chamou atenção para o desaquecimento da economia chinesa e europeia. “A China enfrenta uma crise imobiliária severa, com excesso de capacidade e uma população envelhecendo rapidamente, o que impacta a demanda global por commodities”, analisou. Já na União Europeia, o crescimento está abaixo do esperado, e a perda de competitividade em relação à China preocupa o mercado.
No cenário doméstico, a expectativa é de uma desaceleração econômica em 2025, com crescimento projetado em torno de 1,9%. Loyola atribuiu essa queda ao aperto das condições financeiras e à deterioração do ambiente econômico. “Depois de três anos de crescimento acima de 3%, a economia brasileira deve entrar em um período de menor dinamismo”, afirmou.
Para o especialista, o maior obstáculo é o fiscal, ainda sem solução estrutural. “O governo Lula enfrenta dificuldades para aprovar reformas devido à fragmentação do Congresso e ao perfil mais conservador da atual legislatura”, observou. Além disso, alertou para o risco de medidas populistas visando aumentar a popularidade presidencial, como controle de preços e ampliação de subsídios, que poderiam comprometer ainda mais as contas públicas.
A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,25%, deve sofrer novos aumentos, alcançando 15,25% em junho, segundo projeções apresentadas por Loyola. “O Banco Central tem sido firme na política monetária para conter a inflação, mas os reflexos disso são extremamente negativos para setores que dependem de crédito de longo prazo, como a construção civil”, disse.
O setor imobiliário e a infraestrutura são diretamente afetados pelo custo do financiamento. “O aumento dos juros impacta a capacidade de financiamento das empresas e reduz o acesso ao crédito para consumidores”, explicou. Além disso, a piora do perfil da dívida no setor privado pode elevar os índices de inadimplência, dificultando ainda mais o cenário.
Apesar do contexto desafiador, Gustavo Loyola apontou que algumas regiões do Brasil devem apresentar um crescimento acima da média nacional, com destaque para o Centro-Oeste, o Norte e o Nordeste. “O agronegócio deve impulsionar o crescimento nessas regiões, especialmente com a recuperação da safra de grãos e a produção de biocombustíveis”, afirmou. Ele mencionou, além disso, o evento COP-30, programado para Belém do Pará, deve aquecer o setor de construção e infraestrutura na região Norte.
Por fim, Loyola alertou que, enquanto a política fiscal do País não for resolvida, os juros devem continuar elevados, mantendo o custo do crédito alto e limitando o crescimento econômico. “O Brasil precisa encontrar um equilíbrio entre responsabilidade fiscal e medidas que incentivem a atividade econômica, especialmente em setores estratégicos como a construção”, disse o ex-presidente do BC.
Extensa reportagem do jornalista Luiz Guilherme Gerbelli para o “Estadão” foi publicada em 3 de fevereiro, sob o título “Centro-Oeste destoa do resto do País e acelera PIB em 2025”.
Uma vez que o assunto mexe com o setor imobiliário, o AELO reproduz a seguir, em três partes, a reportagem no jornal.
A região Centro-Oeste deverá caminhar na contramão do resto do País e ser a única a apresentar uma aceleração econômica em 2025. Os Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, juntos, deverão crescer 2,8% neste ano, acima dos 2% projetados em 2024, segundo um estudo da consultoria Tendências.
O desempenho econômico do Centro-Oeste deve ser impulsionado, sobretudo, pelo resultado agrícola, com reflexos em outros setores. A safra de grãos 2024/2025 será recorde e pode alcançar 322,25 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 8,1% na comparação com a de 2023/2024, prevê a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“O Centro-Oeste tem um cenário mais positivo para 2025, principalmente por causa do agro, que deve ter uma recuperação”, afirma a economista Camila Saito, sócia da Tendências Consultoria e responsável pelo levantamento. A participação da região na produção brasileira de grãos é de 50%.
da economia diante de um cenário de aumento da taxa básica de juros (atualmente em 13,25%), que encarece o crédito para famílias e empresas, e do menor impulso fiscal. No relatório Focus, produzido mensalmente pelo Banco Central, os economistas esperam que o crescimento do PIB desacelere do patamar de 3,5% para um número próximo a 2% entre 2024 e 2025.
Na segunda parte, a reportagem do “Estadão” revela: Impulsionada pelo bom desempenho da agropecuária ao longo dos últimos anos, o Centro-Oeste vê um efeito positivo do setor se espalhar para outras atividades econômicas. No ano passado, por exemplo, o potencial de consumo da região chegou a R$ 660,032 bilhões, o que é equivalente a 9,02% da participação do País, mostra a pesquisa IPC Maps.
Os Estados do Centro-Oeste mostram um crescimento consistente ao longo dos anos. Em 2015, por exemplo, a região alcançava um potencial de consumo de R$ 313 bilhões, o que representava 8,39% do País.
“Nesse período, o Centro-Oeste registrou um crescimento real. Foi a primeira vez que a região ultrapassou o patamar de 9%”, afirma s Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo. “Isso mostra que parte desse dinheiro de safra acaba ficando na mão da população e melhorando o consumo”.
No setor imobiliário, a força de consumo também tem se revelado. De 61 cidades pesquisadas, Goiânia ocupava o quarto lugar no Índice de Demanda Imobiliária para imóveis de padrão econômico (R$ 115 mil e R$ 575 mil); a primeira posição no recorte para padrão médio (de 575 mil a R$ 811 mil) e a segunda colocação na categoria alto padrão (a partir de R$ 811 mil).
“Goiânia é o centro do agronegócio brasileiro. Fica perto de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Norte de São Paulo, Oeste da Bahia, Tocantins”, afirma o goiano Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “É uma cidade com rodovias, aeroportos, um complexo de saúde, lazer, boas universidades. Está próxima de Brasília e oferece qualidade de vida por um custo menor do que nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro.”
A foto mostra a área central de Goiânia, onde cresce o número de prédios residenciais, enquanto novos bairros surgem nos arredores por meio de projetos imobiliários.
O Índice de Demanda Imobiliária se refere ao quarto trimestre do ano passado. Ele é calculado pelo Ecossistema Sienge, tem a metodologia do Grupo Prospecta e parceria da CBIC. O índice considera pontos como demanda, dinâmica econômica das cidades e oferta de imóveis.
No ano passado, de acordo com dados da CBIC, foram vendidas 24.923 unidades no Centro-Oeste, o que representou uma participação nacional de 6,4%. Em 2023, foram comercializadas menos unidades (20.409), ou 6,2% do total nacional. Os dados englobam as regiões metropolitanas de Campo Grande, Cuiabá e Goiânia, além de Brasília, Anápolis, Lucas do Rio Verde e Sinop.
“O crescimento do agronegócio tem dinamizado a economia do Centro-Oeste e influenciado os setores de serviços e de imóveis”, afirma Leandro Karam, coordenador da comissão de private da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). “É um aquecimento de toda uma cadeia. O agro acaba trazendo desenvolvimento para a região em função do excesso de liquidez que o setor tem gerado”.
Os dados da Anbima são outro termômetro importante que revelam o avanço da riqueza no Centro-Oeste. O volume financeiro do segmento private (que engloba aqueles com mais de R$ 5 milhões investidos) chegou a R$ 78,8 bilhões em novembro do ano passado, último dado disponível.
Na região, a média de crescimento do volume financeiro nos últimos três anos foi de 20,9%. É o ritmo de alta mais acelerado do Brasil. No País, nesse período, o avanço foi de 9,3%.
“Outros fatores contribuíram para esse crescimento. A instabilidade política levou a uma demanda desses produtores para serviços bancários e financeiros. Mais recentemente, tivemos o debate da reforma tributária e eventuais mudanças regulatórias”, afirma Karam.
“Foram várias pautas que fizeram com que soluções patrimoniais entrassem com mais força na discussão e fizeram com que os grandes private bankings pudessem ter mais oportunidade de discutir soluções com esses clientes”, acrescenta Leandro Karam.
A terceira parte da reportagem do “Estadão” mostra que o bom desempenho econômico do Centro-Oeste nos últimos anos tem levado a um crescimento no número de empresas que atuam na região. Entre 2015 e 2024, elas saltaram de 1,544 milhão para 2,019 milhões, o que representa uma alta de quase 31%, segundo um levantamento do IPC Maps.
“Se isolar o setor do agronegócio, o total de empresas subiu de 17,7 mil para 36,2 mil no período. É um crescimento de 105%. São alguns indicadores que mostram o crescimento real da região”, diz s Pazzini, sócio da IPC Marketing.
O agronegócio tem sido o carro-chefe do Centro-Oeste e vai ajudar a região a ser a única do País a acelerar o crescimento econômico neste ano. A estimativa da consultoria Tendências é de que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e do Distrito Federal avance 2,8%. Se confirmado, o resultado será melhor do que o observado em 2024, quando o crescimento foi estimado em 2%.
Além do agro, a região tem se destacado em setores industriais, como de alimentos, biocombustíveis e celulose. Juntos, respondem por 72% da indústria local. “E eles vêm mostrando um desempenho positivo”, afirma Camila Saito, economista e sócia da consultoria Tendências. Em 2024, o PIB da indústria do Centro-Oeste deve ter crescido 3,6% – um número parecido com o desempenho do Brasil (3,5%).
No ano passado, a Suzano começou a operar uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grossodo Sul. O investimento foi de R$ 22 bilhões. Outras gigantes do setor de celulose anunciaram planos para o Centro-Oeste.
A chilena Arauco vai construir uma fábrica no município de Inocência, no Noroeste de Mato Grosso do Sul. O investimento é estimado em US$ 4,6 bilhões. A Bracell também já solicitou estudos ambientais para uma nova operação no Estado.
Também em 2024, a Votorantim Cimentos anunciou a ampliação de uma fábrica em Edealina, no Estado de Goiás. O investimento de R$ 200 milhões vai ampliar a capacidade da unidade para 2 milhões de toneladas por ano. As obras devem ser concluídas até o final de 2025.
“Estamos satisfeitos com esse crescimento do Estado”, afirma Álvaro Lorenz, diretor global de sustentabilidade, relações institucionais, desenvolvimento de produto e engenharia da Votorantim Cimentos. “O investimento deve gerar por volta de 200 a 250 empregos diretos e indiretos”, diz. Boa parte desses postos de trabalho criados deve ser atrelada à obra, acrescenta o executivo. Na fábrica de Edealina, trabalham 600 pessoas.
O anúncio da Votorantim Cimentos, em Goiás, faz parte de um conjunto maior de investimentos anunciados pela empresa no Brasil. Ao todo, serão R$ 5 bilhões entre 2024 e 2028. Desse montante, R$ 1,7 bilhão já está em andamento.
O anúncio da Votorantim Cimentos, em Goiás, faz parte de um conjunto maior de investimentos anunciados pela empresa no Brasil. Ao todo, serão R$ 5 bilhões entre 2024 e 2028. Desse montante, R$ 1,7 bilhão já está em andamento.
“Diante do crescimento do Estado e de toda a região Centro-Oeste, temos visto um aumento da demanda pelo consumo de cimento”, afirma Lorenz. “E, por mais que tenhamos outras unidades na região, estamos melhor posicionados com a fábrica de Edealina, que tem uma localização geográfica muito favorecida”.
A Caoa, produtora de automóveis, é outra companhia que decidiu ampliar os investimentos na região. No fim de 2023, anunciou R$ 3 bilhões para a fábrica de Anápolis, Goiás, inaugurada em 2007.
“Paralelamente à expansão, a Caoa Montadora triplicou a quantidade de colaboradores locais, em pouco mais de um ano, passando de 2 mil para 6 mil funcionários, trabalhando em três turnos”, diz Anura Ali, vice-presidente da companhia.
De acordo com a Caoa, nove em cada dez trabalhadores da fábrica de Anápolis são moradores da região. “Estamos muito felizes e seguimos muito otimistas com todas as oportunidades que o Centro-Oeste nos proporcionou até hoje e que, com certeza, seguirá nos ofertando”, afirma Ali.
Está chegando o dia. O Programa de cursos de atividades específicas de loteamentos, da Universidade Secovi, começa em 8 de abril, com aulas on-line às terças e quintas-feiras, das 19 horas às 21h30. O encerramento está programado para 16 de setembro.
Você ainda não se inscreveu? Está em tempo de acessar todos os detalhes desse programa, que é o principal do Brasil para a formação de especialistas em loteamentos. Com uma tradição de 34 anos, os cursos têm o apoio da AELO e de várias outras entidades.
Acesse o site da Universidade Secovi, veja o programa completo e a tabela de preços: www.unisecovi.com.br
A professora Mariangela Machado é a coordenadora do programa desde 2021. Foi discípula do saudoso professor Vicente C. Amadei (1932-2020), que lançou os cursos em 1991 e os coordenou por 30 anos.
Mariangela explica que o programa completo é composto por uma palestra introdutória (em 8 de abril), seis cursos específicos e uma palestra de encerramento (em 16 de setembro), oferecendo capacitação em todas as atividades para realização de loteamentos. Serão demonstrados os problemas, as dificuldades e os caminhos mais adequados para os empreendedores deste segmento evitarem prejuízos, sanções administrativas e até criminais, por falta de conhecimento da legislação, de procedimentos e de cuidados hoje absolutamente necessários.
Público-alvo: Empresários, gerentes e encarregados de setores específicos de empresas que atuam na atividade de loteamento e de desenvolvimento urbano; proprietários de glebas; agrimensores, engenheiros, arquitetos, empreiteiros de obras e serviços de loteamentos, advogados e outros profissionais prestadores de serviços, estudantes, servidores públicos e demais interessados na área de parcelamento do solo urbano.
Uma reunião realizada em 18 de fevereiro, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) debateu os principais entraves do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O encontro foi articulado pela deputada estadual Delegada Graciela, radicada no município de Franca. Graciela declamou da demora na análise, inconsistências no sistema e dificuldades para a regularização ambiental no Estado. O assunto interessa não apenas aos ruralistas, já que empresários de desenvolvimento urbano lançam, com frequência, projetos na zona rural, a partir de parcerias com proprietários de fazendas e sítios a serem loteados.
Esta foto foi tirada por Paulo Maciel logo após a reunião na sede do TJ paulista, na Capital. As informações são do jornalista francano José Antônio.
O encontro teve a participação da deputada Graciela, do desembargador Francisco Eduardo Loureiro, corregedor geral da Justiça, e das seguintes pessoas: Luciana Tucoser (chefe de Gabinete do Secretário do Meio Ambiente); Antonio Goto (assessor Jurídico da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de SP), Luis Gustavo Ferreira (Secretaria da Agricultura); Wladimir Belisário Junior (assessor Jurídico da deputada Graciela); Dra. Camila de Jesus Mello Gonçalves (Juíza Assessora da Corregedoria), Dra. Stefânia Costa Amorim Requena (Juíza Assessora da Corregedoria), e Dra. Cristina Aparecida Faceira Medina Mogioni (Juíza Assessora da Corregedoria). Na foto, Graciela, de azul claro, é a terceira pessoa, da esquerda para a direita. O desembargador Francisco Eduardo Loureiro está à direita dela.
Na ocasião, a deputada Delegada Graciela solicitou que fosse revisto o Provimento CG Nº 25, de 2023 da Corregedoria Geral, de modo a se retirar a exigência de aprovação e a consequente inscrição no Cadastro Ambiental Rural – CAR, bastando o seu protocolo, para a realização dos procedimentos de registro e/ou averbação de imóveis rurais, pelos Oficiais de Registro de Imóveis.
A deputada Graciela explicou: “Em visitas aos municípios do Interior do Estado tenho sido abordada por diversos proprietários de imóveis rurais, que relatam problemas para proceder ao registro de georreferenciamento, registro de compra e venda de frações de imóvel e demais atos registrais, uma vez que os Cartórios de Registro de Imóveis, mencionando o Provimento CG Nº 25/23, mais especificamente o item 123.6. do Capítulo XX do Tomo II, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral de Justiça, alterado por tal Provimento, têm exigido que os correspondentes Cadastros Ambientais Rurais – CAR dos imóveis já tenham sido analisados e aprovados pelo órgão competente para proceder aos respectivos registros ou averbações”.
O dispositivo mencionado, alterado pelo Provimento CG N.º 25/2023, embora pertinentemente inserido nas Normas de Serviço da Corregedoria, acabou por criar uma “trava” nos procedimentos registrais de imóveis rurais do Estado ao dispor que: “123.6 – os casos previstos nos incisos I e II do subitem 123.3, o Oficial de Registro de Imóveis, à vista do número de inscrição no cadastro ambiental rural, deverá verificar se foi feita a especialização da reserva legal florestal aprovada em conformidade com o Demonstrativo da Situação das Informações Declaradas, qualificando negativamente o título em caso contrário”. Em decorrência da menção do termo, os Cartórios de Registro de Imóveis, cumprindo a nova norma, passaram a exigir que o CAR já esteja aprovado para proceder a qualquer registro ou averbação.
“Porém, essa exigência acabou por criar dificuldades aos produtores e proprietários de imóveis rurais”, relatou a deputada Graciela.
A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio dos seus representantes na reunião do dia 18, ressaltou as dificuldades de proceder à inscrição dos imóveis rurais no CAR, de forma ágil, em decorrência das especificidades de cada caso, e também pela falta de material humano, dentre outros, dificultando ainda mais a exigência prevista no Provimento. Mas a Secretaria também se comprometeu a estudar a criação de uma norma administrativa na Pasta, para agilizar os procedimentos do cadastro e possibilitar que os proprietários rurais cumpram, em curto prazo, as exigências da legislação ambiental.
No final da audiência, o Corregedor Geral do Tribunal de Justiça apontou que a principal preocupação do órgão ao inserir o dispositivo nas Normas de Serviço, é a de se exigir que os proprietários rurais cumpram a legislação ambiental. No entanto, ele compreendeu o problema e se comprometeu a rever o Provimento CG N.º 25/23 e retirar a exigência da prévia inscrição no Cadastro Ambiental Rural para a realização dos procedimentos pelos Cartórios de Registro de Imóveis cuja ação poderá impactar em todo o Estado de São Paulo.
Graciela de Lourdes David Ambrósio, conhecida como Delegada Graciela, é natural do município de Pedregulho, na região de Franca. Sua família passou a morar em Franca quando ela estava com 14 anos. Estudou, trabalhou como delegada e foi eleita vereadora. Em 2018, foi eleita deputada estadual; em 2022, ganhou novo mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
A AELO estará fechada nos quatro primeiros dias de março, a partir de sábado. O Carnaval chegou, diz o Brasil.
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E março promete: no dia 27, haverá eleições na AELO (convocadas em dezembro) e a primeira reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 2025.
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